Com altos índices de desligamento de acessos e um plano estratégico focado em fibra óptica, a Oi colocou à venda a TVCo, unidade que controla o serviço de TV por assinatura da operadora. O negócio já é avaliado pelas concorrentes Claro e Sky, que são fortes no mercado de TV via satélite (DTH) e poderiam assumir os clientes e contratos da empresa.
A intenção de compra foi manifestada em um evento virtual que debate o mercado de TV paga. José Félix, CEO da Claro, observa que a compradora teria que manter os contratos de distribuição, mas diz não saber se as programadoras iriam aceitar a redistribuição. Isso porque a Oi continuaria com o serviço de TV por fibra óptica, mas com os contratos da antiga TVCo.
Já o CEO da Sky, Estanislau Bassols, afirma que a empresa também analisa a compra, mas não sabe se a área de fusões e aquisições de sua dona — a americana AT&T — irá proceder com o negócio. Ainda assim, o executivo diz que as condições precisam “melhorar bastante” e que a Oi deve estar disposta a negociar.
Quem assumir a Oi TV terá de arcar com o contrato de uso do satélite SES-6, válido até 2028 e com custo aproximado de R$ 1 bilhão por ano. É bem provável que a Vivo fique fora dessa: a companhia encerrou a comercialização dos serviços de TV por assinatura via satélite e foca apenas no IPTV via fibra óptica.
Dados de junho de 2020 da Anatel mostram que a Oi tinha 1,41 milhão de acessos usando tecnologia DTH. Isso representa 18,7% de participação de TV via satélite — atrás apenas da Sky, que concentra 60,9% desse mercado.
A Claro é líder no setor de TV paga, com cerca de 48,6% e 7,5 milhões de assinantes entre as tecnologias DTH e Cabo. Caso assuma a Oi TV, a companhia iria para 8,8 milhões de acessos.
Se a Sky assumir a Oi TV, ela somaria 6 milhões de assinantes e continuaria com a vice-liderança da categoria, com cerca de 40% de participação de mercado. No IPTV por fibra óptica, a Oi tem apenas 75 mil acessos.
Com informações: TeleSíntese.
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