Um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) revela que, no primeiro semestre de 2020, o uso de pagamento por aproximação (NFC) aumentou 330% no Brasil em relação ao mesmo período de 2019. Se você acha que essa mudança de comportamento tem relação com a pandemia de COVID-19, acertou.
Esses 330% correspondem a um volume de transações equivalente a R$ 8,3 bilhões. Se considerarmos apenas o segundo trimestre de 2020, quando a pandemia efetivamente começou no Brasil, o aumento no uso de cartões de crédito ou débito contactless foi de 256% na comparação ano a ano.
No mesmo trimestre, essa forma de pagamento movimentou R$ 4,3 bilhões contra R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2019. Desse total, R$ 2,9 bilhões correspondem a transações com cartão de crédito, R$ 1,1 bilhão a cartões de débito e R$ 348 milhões a cartões pré-pagos.
Não podemos desprezar o fato de que a emissão de cartões NFC aumentou consideravelmente nos últimos meses. Mas é inegável que a pandemia impulsionou a adoção do pagamento por aproximação, afinal, esse método diminui ou mesmo elimina a necessidade do usuário de tocar na maquininha de cartão.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda esse método. Alinhada a esse movimento, a Abecs chegou a aumentar o limite de pagamento por aproximação sem necessidade de senha de R$ 50 para R$ 100.
Sem nenhuma surpresa, a Abecs também constatou aumento de atividade nas compras não presenciais, sobretudo no que diz respeito ao comércio eletrônico. No segundo trimestre de 2020, o número de compras online teve incremento de 14% na comparação ano a ano, fazendo o volume de transações saltar de R$ 76 bilhões para R$ 87 bilhões no período.
Uma pesquisa da Abecs em parceria com o Instituto Datafolha aponta que o número de consumidores que fazem compras pela internet saltou de 47% para 67%. 36% deles pagam essas compras com cartão de crédito; 9%, com débito.
Com informações: Mobile Time.
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