A Oi divulgou o balanço financeiro do 2º trimestre de 2020 com prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões, aumento de 118,7% em relação ao ano passado. A companhia teve aumento de 59,4% na dívida líquida e queda no número de clientes. A operadora enfrenta um processo de recuperação judicial e tenta colocar em prática um plano de reestruturação, que envolve a venda da unidade de telefonia móvel e sócios para expansão da rede de fibra óptica.
Veja os principais destaques do 2º trimestre de 2020 e a comparação com o mesmo período do ano de 2019:
O segmento residencial foi o mais afetado pela queda na receita líquida, com retração de 14,8% em relação ao ano anterior. Os serviços prestados na rede de cobre e TV por assinatura via satélite (DTH) foram os responsáveis para diferença negativa nos indicadores, com queda de 31,2% na comparação anual.
A Oi terminou o período com 11,7 milhões de unidades geradoras de receitas de serviços residenciais, queda de 15,9%. As desconexões são significativas no cobre, com queda no número de linhas fixas (-29,5%), banda larga (-37,8%) e na TV por DTH (-20,1%).
A companhia justifica que a queda foi impulsionada pela antecipação dos desligamentos por inadimplência de 120 para 90 dias, além da intensa competição com pequenos provedores de internet fixa, que costumam oferecer maiores velocidades que no serviço prestado por ADSL e VDSL.
O serviço Oi Fibra teve crescimento de 515,7% e soma 1,19 milhão de acessos de banda larga, 1,14 milhão de linhas de telefone fixo usando VoIP e 72 mil clientes de TV por assinatura via IPTV. A cobertura FTTH alcançou 6,7 milhões de casas (home passed), atendendo 1,3 milhões de domicílios (home connected). A operadora adianta que atingiu 1,5 milhões de casas conectadas em julho de 2020.
O balanço mostra que ainda há muito o que fazer para que a Oi se assuma como operadora de fibra. Os clientes conectados no cobre trouxeram R$ 8,1 bilhões em receita para a operadora, enquanto os assinantes FTTH levaram R$ 2,41 bilhões. Os investimentos despendidos na Oi Fibra foram dominantes no Capex geral e somaram R$ 1,12 milhões no período, alta de 49,7% no ano e 4,5% no trimestre.
O ARPU (receita média por usuário) de serviços residenciais cresceu 0,9%, chegando em R$ 79,6.
O serviço móvel teve um grande impacto da pandemia em todas as operadoras, e com a Oi não foi diferente: a receita líquida de serviços teve queda de 6,5%, alavancados principalmente pelo segmento pré-pago, que apresentou redução de 17,7%.
A operadora justifica que o isolamento social foi um dos fatores responsáveis, por conta dos fechamentos de lojas, pontos de recarga e diminuição de pessoas circulando. O total de recargas caiu 8,6% no ano e 4,8% no período, enquanto o número de clientes de recarga caiu 16,1% no ano e 5,4% no trimestre.
A receita do pós-pago teve alta de 6,5% no ano, mas queda de 0,7% na comparação trimestral. A operadora terminou o período com 33,9 milhões de unidades geradoras de receitas, das quais 9,7 milhões são do serviço pós-pago (+13,9%) e 24,2 milhões utilizam o pré-pago (-7,3%).
O ARPU de serviços móveis fechou em R$ 15,5, recuo de 3,5% no ano e 3,9% no trimestre. A operadora investiu R$ 282 milhões no segmento móvel durante o período, queda de 33% na comparação anual.
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