Um dos sensores inclusos no Apple Watch é o que faz a medição dos batimentos cardíacos. O recurso não serve apenas para monitorar atividades físicas, mas toda rotina do usuário, caso os batimentos estejam rápidos ou lentos demais, sintomas de alguma anormalidade. Entenda como o Apple Watch pode prever um infarto.
Todos os relógios da Apple tem o sensor de frequência cardíaca. No entanto, a partir do Watch Series 1 que é possível fazer o monitoramento dos batimentos e receber um aviso do relógio caso algo esteja fora do normal.
É configurado um valor alto e baixo de batimentos por minuto (BPM) no aplicativo do Watch, se o usuário é considerado inativo — sem estar fazendo alguma atividade que justifique os batimentos elevados — por pelo menos 10 minutos, o relógio envia um alerta para que ele tome alguma providência, como procurar um médico.
Quando os batimentos estão elevados, esse comportamento é chamado de taquicardia, o que impede o coração de bombear o sangue corretamente para o resto do corpo. Dentre as várias complicações, a pessoa pode sentir falta de ar, tontura, atordoamentos ou mesmo chegar a desmaiar. No entanto, batimentos elevados podem ser sinal de infarto ou outros problemas com o coração.
Já bradicardia é para o contrário, quando os batimentos cardíacos estão lentos, também interferindo no funcionamento correto do órgão em levar o sangue para o resto do corpo. Os sintomas são semelhantes a taquicardia, quais podem indicar sinais de doenças do coração.
É importante ressaltar que os dados são úteis para que o usuário tome alguma ação, principalmente procurar um médico. Os dados ficam registrados no app Saúde do iPhone, pode ser uma fonte para indicar ao especialista.
Além dos alertas altos ou baixos, a partir do Apple Watch Series 1 também é possível ter um retorno caso o relógio identifique um ritmo cardíaco irregular, uma possível causa de fibrilação atrial (FibA). No entanto, a Apple alerta:
Fibrilação atrial (FibA) é um tipo de ritmo cardíaco irregular que ocorre quando as cavidades superiores e inferiores do coração não estão sincronizadas, ou seja, batem em ritmos diferentes. Dentre os sintomas, a FibA pode causar um batimento acelerado, palpitações, fadiga e falta de ar.
Pessoas com fibrilação atrial devem buscar auxílio de um médico, que indicará qual o tratamento ideal. Caso não seja tratada, a FibA pode causar insuficiência cardíaca ou formação de coágulos sanguíneos, podendo chegar a um acidente vascular cerebral (AVC).
As leituras são feitas ocasionalmente, quando o usuário está parado, para que haja uma precisão maior nos dados. Porém, o relógio pode não identificar todas as instâncias de fibrilação atrial e não enviar uma notificação mesmo para quem tem a arritmia.
Os dados do Apple Watch são confiáveis, mas a própria Apple alerta para que não sejam tomados como verdade absoluta e única justificativa para procurar um especialista. O Watch não detecta ataques cardíacos, mas pode ajudar a prever o problema para tomar medidas antecipadamente.
“Caso sinta pressão, aperto, dor no peito ou qualquer outro sintoma que indique um ataque cardíaco, ligue imediatamente para os serviços de emergência”, escreveu a empresa numa página de suporte.
Independente de ter ou não recebido um aviso no relógio, a ida ao médico é o primeiro passo a ser dado. Os dados e notificações que são oferecidas no Apple Watch podem ser um indicativo de infarto ou outro problema, mas escute primeiro seu corpo.
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