O 5G começou a dar as caras no Brasil, e a Claro prevê que sua rede poderá alcançar a casa dos 2 gigabits por segundo em algumas regiões. A velocidade vai depender do espectro do próximo leilão da Anatel, que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2021, além da agregação de frequências já utilizadas pela tecnologia 4G.
A expectativa foi divulgada pelo diretor de evolução tecnológica da Claro, Luiz Bourdot, em um evento virtual sobre telecomunicações. De acordo com o Telesíntese, as velocidades na casa dos 2 Gb/s estariam limitadas a alguns locais e não há estimativa de quando o consumidor final conseguiria navegar com toda essa banda.
Para atingir 2 Gb/s, a Claro precisaria trabalhar com a agregação de diferentes frequências na quinta geração, como ocorre no atual 4,5G (LTE Advanced Pro). Para isso, a companhia somaria os espectros:
Em testes de laboratório, a Claro já atingiu 1,16 Gb/s no 5G usando a frequência de 3,5 GHz com 100 MHz de espectro, sem agregação de portadoras.
A Claro já ativou o 5G DSS em alguns bairros de São Paulo e Rio de Janeiro. Em demonstração ao Tecnoblog, foi possível alcançar 313 Mb/s de download e 111,7 Mb/s de upload na sede da empresa. A tecnologia é tida como um “pré-5G”, com oportunidade para a operadora criar base de smartphones compatíveis e antecipar casos de uso.
Mas a Claro irá continuar usando a tecnologia de compartilhamento dinâmico de espectro mesmo após o leilão das novas frequências. O modelo seria útil para ampliar a área de cobertura 5G, uma vez que a faixa de 3,5 GHz tem alcance menor que as faixas atualmente adotadas para o 4G.
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