A Epic Games ganhou, ao menos por enquanto, uma das batalhas travadas na Justiça contra a Apple, após violar as diretrizes da App Store. Uma ordem restritiva temporária proíbe o banimento das contas relacionadas ao Unreal Engine – o que causaria problemas a diversos outros jogos e desenvolvedores. A decisão contraria as ameaças de suspensão da Epic do iOS e do macOS.
De acordo com a juíza Yvonne Gonzalez Rogers, a Apple não é obrigada a restaurar Fortnite em sua loja de aplicativos, uma vez que a remoção do jogo não demonstrou dano irreparável. “Na minha opinião, você não pode ter um dano irreparável quando você mesmo cria o dano”, explicou a juíza à advogada da Epic Games.
No entanto, a suspensão das ferramentas para desenvolvedores também não procede: além de afetar diversos outros softwares que utilizam o motor gráfico da Epic, a conta relacionada ao Unreal Engine fica sob as credenciais da Epic International, uma entidade separada da Epic Games, com contrato à parte. Para a juíza, um banimento desses serviços seria apenas retaliação da Apple.
Rogers também se mostrou cética quanto à possibilidade de danos financeiros originados a qualquer uma das duas empresas em decorrência de sua decisão: “Estamos falando de uma empresa que vale bilhões contra uma empresa que vale trilhões”, zombou.
A Apple respondeu à decisão da juíza, alfinetando a dona de Fortnite. Em uma declaração feita à Mark Gurman, a empresa agradece ao tribunal por “reconhecer que o problema da Epic é totalmente auto-infligido”, e reforça que está disposta a aceitar Fortnite novamente na App Store desde que a Epic siga as diretrizes impostas a todos os desenvolvedores parceiros.
Uma audiência completa sobre o caso está marcada para o dia 28 de setembro. Até lá, a menos que a Epic decida voltar atrás em relação ao método alternativo de pagamento para os itens de Fortnite, é provável que o jogo permaneça fora da App Store.
Nenhum comentário:
Postar um comentário