A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, nesta sexta-feira (14), que estuda o retorno das operações das aeronaves Boeing 737 Max, paralisadas desde março de 2019 no Brasil e outras partes do mundo após os acidentes dos voos JT610, da Lion Air, e ET302, da Ethiopian Airlines.
De lá para cá, o projeto desses aviões passou por diversas modificações sistêmicas para garantir a retomada segura dos voos. Mas atualizar os sistemas é apenas uma etapa do processo. É preciso que as mudanças estejam de acordo com os requisitos técnicos da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) e entidades equivalentes em outros países.
Esse está longe de ser um processo fácil. Havia expectativas de que os problemas da linha 737 Max seriam resolvidos até o final de 2019, mas inconsistências técnicas continuaram aparecendo no decorrer dos últimos meses. A consequência é esta: os aviões da linha estão inoperantes até hoje.
Mas há um clima de “agora vai” no ar. No último dia 3, a Anac e autoridades de aviação civil de outros países receberam da FAA uma proposta de Diretriz de Aeronavegabilidade para validação das operações da linha 737 Max.
O documento tem o intuito de demonstrar que “o projeto com as modificações propostas é seguro e atende aos requisitos de aeronavegabilidade necessários”, informa a Anac.
A agência também explica que o material ficará à disposição para consulta pelas autoridades por 45 dias, quando então a FAA publicará as instruções finais necessárias para o retorno seguro das operações das aeronaves em questão.
Embora o aval da FAA seja o mais importante, a Boeing também precisa obter aprovação de outras autoridades de aviação civil, incluindo a Anac, no Brasil. A entidade participa do grupo responsável pelo processo de validação desde abril de 2019.
“Cerca de vinte profissionais da agência, dentre engenheiros(as) de diversas especialidades e pilotos, inclusive de ensaio de voo, estão envolvidos neste processo”, diz o órgão em nota.
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