A venda da Oi Móvel é iminente, e a TIM seria a empresa que ficaria com a maior fatia caso o grupo Oi aceite a oferta conjunta com Claro e Vivo. Além do consórcio das operadoras, outra interessada é a Highline, que conseguiu exclusividade para negociação dos ativos. A companhia é mantida pelo fundo americano Digital Colony, que pretende se tornar um provedor de rede neutra no Brasil.
De acordo com a Exame, as compradoras têm em mente que não podem extrapolar o limite máximo de espectro estabelecida pela Anatel. A reguladora estabelece que uma companhia tenha no máximo 172,5 MHz (extrapoláveis até 230 MHz mediante autorização) de capacidade nas faixas de 1 GHz a 3 GHz; a Oi acumula entre 80 MHz a 95 MHz, dependendo da região. A frequência mais cobiçada é a de 1.800 MHz, por fornecer melhor penetração de sinal que 2.100 MHz e 2.600 MHz.
A publicação aponta que a TIM arcaria com uma fatia entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões do total dos R$ 16,5 bilhões oferecidos pela Oi Móvel. A segunda maior compradora seria a Vivo, enquanto a Claro ficaria com a menor participação.
A Exame também menciona que Claro, TIM e Vivo se atentam para manter um equilíbrio na distribuição de clientes, evitando uma possível reprovação do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste já disse que a redução de quatro grandes operadoras para três seria “preocupante” e aumentaria a chance de atuação coordenada, como a formação de um cartel.
A divisão da base de clientes deve ser feita individualmente por DDD, privilegiando a operadora com menor participação de mercado. Em São Paulo (DDD 11), por exemplo, a Claro detém o 3º lugar no market share, com 23%; já no Rio de Janeiro (DDD 21), a Vivo seria a responsável para absorver 1,9 milhão de linhas móveis da Oi.
Como aponta o Teleco, a Oi tem a maior participação em linhas celulares em apenas quatro DDDs: 71 (Salvador/BA), 81 (Recife/PE), 83 (João Pessoa/PB) e 85 (Fortaleza/CE). Se o arranjo realmente for efetivado, a Vivo deverá assumir a operação nessas regiões, saindo do último lugar a líder de mercado.
É válido lembrar que a Claro recentemente comprou a Nextel. A companhia tinha relevância apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, uma vez que a operação nacional foi desativada. O negócio foi importante para a compradora, que conseguiu aumentar o espectro em todo o Brasil e herdou uma base de clientes majoritariamente pós-paga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário