Em meio à pressão do governo dos Estados Unidos, a Microsoft ganhou uma concorrente na corrida pela compra do TikTok. Segundo o Financial Times, a Oracle é mais uma que demonstra interesse na aquisição da rede social chinesa. A empresa já teve conversas iniciais com a ByteDance e indicou que pretende assumir o controle das operações nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia.
Para viabilizar o negócio, a Oracle trabalha com empresas de venture capital americanas como Sequoia Capital e General Atlantic, que já têm participação no TikTok e discutem a separação da rede social da ByteDance ao menos desde julho. A ideia é evitar que a plataforma sofra pressões como a do presidente dos EUA, Donald Trump.
A entrada da Oracle na negociação pode garantir um acordo mais vantajoso à proprietária do TikTok. Inicialmente, a Microsoft também indicou que deseja comprar as operações da rede social nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia. A empresa, no entanto, já cogita assumir o controle da plataforma em todo o mundo, algo que, segundo o FT, não interessa à ByteDance.
Ao mesmo tempo, a nova interessada tem mais condições de concorrer com a Microsoft neste negócio. Com valor de mercado de US$ 166 bilhões, a Oracle tinha US$ 43 bilhões em caixa, que poderiam ser usados na aquisição. O TikTok é avaliado em algo entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões, segundo a Bloomberg. O valor foi visto como um dos entraves para o Twitter, que também se interessou pela compra.
Chama a atenção o fato de redes sociais estarem longe de serem o foco da Oracle, que tem outras empresas como suas principais clientes. O Financial Times lembra que o cofundador da companhia, Larry Ellison, é um apoiador de Donald Trump e chegou a realizar eventos de arrecadação de fundos para sua campanha no início do ano. Não está claro se essa proximidade faria o governo americano ser mais favorável ao negócio.
As interessadas em comprar o TikTok têm pouco tempo para concluírem o negócio. Em nova ordem executiva, Trump estabeleceu 12 de novembro como prazo para a ByteDance vender sua operação nos EUA. No documento, ele indicou que há “evidência crível” de que a companhia chinesa “pode tomar uma ação que ameaça prejudicar a segurança nacional dos EUA”. A dona da rede social nega as acusações.
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