O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
Em meio aos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 15,541 bilhões em maio, informou nesta quarta-feira o Banco Central. Em abril deste ano, havia sido registrado superávit de R$ 24,255 bilhões e, em maio de 2020, déficit de R$ 131,428 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
O déficit primário consolidado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de déficit de R$ 27,000 bilhões a R$ 11,125 bilhões. A mediana estava negativa em R$ 20,123 bilhões.
O resultado fiscal de maio foi composto por um déficit de R$ 20,924 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 5,248 bilhões no mês.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 4,292 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 957 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 134 milhões.
As contas do setor público acumularam um superávit primário de R$ 60,300 bilhões no ano até maio, o equivalente a 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.
O superávit fiscal no ano até maio ocorreu na esteira do superávit de R$ 19,928 bilhões do Governo Central (0,58% do PIB). Os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 38,615 bilhões (1,13% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 33,369 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 5,245 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,757 bilhão no período.
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 428,629 bilhões em 12 meses até maio, o equivalente a 5,41% do PIB, informou o Banco Central.
O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em maio pode ser atribuído ao rombo de R$ 503,277 bilhões do Governo Central (6,35% do PIB). Os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 71,326 bilhões (0,90% do PIB) em 12 meses até maio.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 65,517 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 5,845 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 3,286 bilhões no período.
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