O Instituto de Pesquisa Espaciais (Inpe) vai substituir seu supercomputador de previsão climática de longo prazo por uma máquina de categoria inferior incapaz de aferir o clima pelos próximos anos e décadas. O Tupã será desligado pelo alto custo devido a um elevado consumo de energia.
A compra de um substituto do supercomputador Tupã foi anunciada pelo Inpe no dia 14 em uma parceria com o Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD). O equipamento custou R$ 729 mil e deve ser entregue em cerca de 50 dias. Mediante a chegada, o novo computador está previsto para começar o funcionamento em 15 a 30 dias.
O Tupã consome R$ 5 milhões em energia por ano e conta com um robusto sistema de resfriamento, o que aumenta ainda mais o gasto energético da máquina. O Inpe enfrenta falta de recursos para manter o supercomputador — e desligou metade dos 12 gabinetes. O novo computador deve gastar apenas um terço das despesas do atual aparelho. Vale lembrar que, recentemente, a Petrobrás inaugurou o funcionamento de seu próprio supercomputador: o Dragão.
O Tupã é um modelo XT6 da Cray capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo — chegou a ser o 29º computador mais rápido do planeta na época — e foi inaugurado no em dezembro de 2010.
O supercomputador foi adquirido por R$ 23 milhões, com recursos do hoje extinto Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Em face a uma falta de verba que já atingiu o Inpe em 2017, foi aprovada uma emenda parlamentar para a compra de um novo computador, atualizando a versão fabricada em 2009 adquirida no ano seguinte. O instituto comprou o XC50, também da Cray, que se tornou um suporte ao Tupã.
“Foi um upgrade com esse anexo que está conectado ao Tupã [o XC50]. Transferimos para ele toda a parte operacional. Todos os modelos que rodam previsão de tempo diariamente e o modelo que faz a previsão climática para os próximos meses”, explica Gilvan Sampaio, coordenador -geral das áreas de ciência da terra (CGCT), ao G1.
O pesquisador afirma que é necessário um novo super computador do porte do Tupã para que o instituto avance em previsões climáticas. Pesquisas e projeções climáticas continuaram a serem executadas pelo XC50, mas o Inpe só fará previsões sazonais; não vai conseguir aferir sobre o clima nos próximos anos.
O Brasil atravessa sua pior crise hídrica da história. As principais usinas hidroelétricas e reservatórios apresentam níveis baixos: o Ministério de Minas e Energia alertou que o país registrou em abril o menor nível de volume de água armazenados em reservas na história.
O Inpe usa o Tupã para fornecer relatórios de estiagem ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão do ministério que supervisiona a geração de energia; os documentos são importantes para ações e políticas públicas do governo para sugerir redução ou até racionamento de energia.
Com informações: G1
PA RA BÉNS
A diferença entre iniciativa privada e Governo só fica mais escancarada nesse momento. Apple, Microsoft, Facebook, Google com fazendas de servidores movidas à energia solar e o (des)Governo não consegue implementar algo semelhante pra manter um supercomputador funcionando. Olha…
“os documentos são importantes para ações e políticas públicas do governo para sugerir redução ou até racionamento de energia.”
Entramos em mais uma década, com milhares de fontes de geração de energia sustentável e a república falida da banalândia ainda presa em reservatórios/ hidrelétricas, pqp.
Uma pena essa falta de investimento. Vai todo mundo pagar o preço.
Espera privatizar a eletrobras que vai resolver. Hahahah
E nem vão, qualquer coisa que seja para beneficiar a população, o estado/ governo vão dar as costas.
O Inpe usa o Tupã para fornecer relatórios de estiagem ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão do ministério que supervisiona a geração de energia; os documentos são importantes para ações e políticas públicas do governo para sugerir redução ou até racionamento de energia.
Provavelmente a ONS não pague nada por esse serviço, ai as contas de quem mantem a maquina rodando obvio que não vão fechar nunca. Agora a ONS vai ficar sem dados importantes no meio de uma estiagem, que maravilha esse pais, não consegue nunca pensar a frente da próxima eleição.
Não adianta muito ter supercomputadores mostrando resultados científicos se o governo não acredita no que a ciência diz.
Em 2019 quando o Inpe divulgou os dados de desmatamento e mostrou que o desmatamento havia aumentado, o nosso querido presidente não acreditou no que os dados mostravam, disse que estava errado e ele iria atrás de outra empresa pra coletar os dados. Mesmo que esses dados fossem consolidados com vários satélites, inclusive até de um satélite da Nasa e os dados são públicos para qualquer um conferir.
Aí o chefe do Inpe foi exonerado, simplesmente porque fizeram o trabalho corretamente e mostraram que o desmatamento aumentou.
Se o comitê científico mostra dados concretos de que Cloroquina não funciona, eles vão atrás de algum cientista que esteja disposto a dizer o contrário.
Em vez de coletar os dados, analisar e tirar as conclusões, eles pegam as conclusões e buscam dados que colaboram com o que pensam.
Brazew, visite antes que acabe.
Sem verba pra pesquisa, ciência sendo descreditada a todo momento, verbas da educação cada vez menores, saúde então… é de se admirar como o SUS ainda está de pé.
E não sei como teve gente que achou que esse desgoverno seria diferente. Pior ainda, não sei como ainda há quem defenda.
Do jeito que é esse governo, não ficaria surpreso se anunciarem a contratação da Fundação Cacique Cobra Coral pra previsão do clima a longo prazo.
Conheci essa pérola no Nerdcast, fui pesquisar sobre ela agora e achei o artigo da Wikipedia que cita:
“Em 2009, a médium Adelaide Scritori, que preside a FCCC, foi convocada pela Prefeitura do Rio de Janeiro para usar seus supostos poderes para evitar a chuva prevista para o Reveillon de Copacabana.”
E depois de terem parado de “prestar serviços” ao Rio, em 2020 anunciaram que iriam voltar graças ao Eduardo Paes, como foi publicado pela Abril.
“A primeira coisa que vamos fazer é redistribuir as chuvas para que não caiam em excesso e no lugar errado”
Parabéns aos envolvidos.
O pior é que não é só no Rio, outros estados também pagavam pelos “serviços” deles.
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