Após a mais intensa onda de vendas de bitcoin (BTC) desde dezembro de 2020, o fundo da Grayscale, o maior do mundo, perdeu 20% dos seus US$ 29,4 bilhões em ativos sob gestão em apenas uma semana, segundo os dados mais recentes da Bloomberg. Essa queda é resultado de uma retirada recorde de criptoativos do trust enquanto todo o mercado de moedas digitais também passou por uma grande desvalorização.
O bitcoin sofreu fortes quedas ao longo desta semana, chegando aos US$ 50 mil, o preço mais baixo desde 8 de março. Por cinco dias consecutivos a criptomoeda se desvalorizou, chegando a cair 11% nesta última quinta-feira (25). Com a desvalorização do ativo digital, o fundo da Grayscale entrou em queda livre.
A queda se aprofundou apesar do Digital Currency Group, empresa controladora da Grayscale Investments, revelar planos para alocar até US$ 250 milhões em reservas fiduciárias para financiar investimentos no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC).
Desde o seu lançamento, o GBTC tem sido negociado persistentemente sob um valor superior em relação ao seu patrimônio líquido. Os investidores estavam dispostos a adquirir grandes quantidades de bitcoin do fundo, mesmo supervalorizado, durante o recente ciclo de alta.
No entanto, com os preços do bitcoin agora cambaleando em meio a uma intensa reinicialização do mercado, ocorreu um desequilíbrio entre oferta e demanda, ao passo que investidores credenciados no GBTC buscam realocar seus ativos em outros mercados.
O analista da Bloomberg Intelligence, James Seyffart, afirmou: “O GBTC tem um estoque fixo e atua como uma jogada com vantagem sobre o bitcoin. À medida que o preço cai, a euforia diminui, assim o GBTC cairá ainda mais do que a criptomoeda. O oposto também acontece na valorização.”
Seyffart acrescentou que a demanda institucional do fundo pode estar esfriando após a estreia de vários ETFs (exchange-traded funds) de bitcoin no Canadá que estão atraindo capital do GBTC.
Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o primeiro ETF de bitcoin no Brasil. A gestora de recursos QR Asset Management revelou que recebeu o aval permitindo que o novo instrumento financeiro seja negociado na Bolsa de Valores B3 sob o ticker “QBTC11”.
Segundo o grupo, o novo ETF QBTC11 usará como referência o índice de contratos futuros de bitcoin oferecidos pela Chicago Mercantile Exchange (CME), se tornando assim uma opção de investimento mais fácil e segura do que lidar diretamente com a criptomoeda. Além de ser o primeiro fundo do tipo no Brasil, ele também se tornou o primeiro de toda a América Latina e fez da Bolsa brasileira a segunda do mundo a oferecer um ETF de bitcoin.
“QBTC11 coloca o Brasil no epicentro da mais moderna regulação financeira. Além de ser o primeiro ETF 100% bitcoin da América Latina, o QBTC11 é o quarto do mundo e sai poucas semanas após o lançamento dos três ETFs canadenses”, afirmou a QR Capital.
Com informações: Bloomberg
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