A Telefônica Vivo divulgou os resultados financeiros de 2020, e a operadora encerrou o ano com queda no lucro líquido e perda de clientes de internet, TV por assinatura e telefonia fixa. Por outro lado, a companhia cresceu no serviço móvel e aposta na construção de rede neutra para melhorar a cobertura da banda larga Vivo Fibra.
Veja os principais indicadores da Vivo para 2020 e o comparativo com o ano anterior:
O segmento de telefonia móvel é o mais importante para o balanço da Vivo, e foi responsável por R$ 14,7 bilhões da receita operacional líquida. Ela encerrou o ano com 78,5 milhões de linhas de celular, alta de 5,3% na comparação com o ano anterior.
57,3% dos clientes móveis da Vivo se encontram no segmento pós-pago ou controle, que gastam mais dinheiro com a companhia na comparação com chips do pré-pago. A companhia é líder de mercado com 33,6% de todas as linhas móveis do Brasil.
Vale destacar que a Vivo comprou a Oi em conjunto com as concorrentes Claro e TIM. Se o negócio for aprovado pelo Cade e Anatel, ela deve adicionar cerca de 10,5 milhões de novos clientes em regiões menos exploradas pela companhia.
A Vivo encerrou o ano de 2020 com cobertura de celular em 4.961 municípios, e o serviço em 4G está presente em 3.598 cidades. A operadora também aposta no 5G DSS, que cobre bairros de oito capitais brasileiras.
Nos serviços residenciais, a Vivo teve redução de 5,7% na receita líquida. O impacto foi causado pelo cancelamento de clientes com tecnologias antigas, como voz fixa, banda larga via cobre e TV por assinatura via satélite.
No total, a Vivo encolheu sua base de acessos fixos em 13,3% no comparativo com 2019. Por outro lado, a operadora aposta na fibra óptica e cresceu 36,3% na banda larga Vivo Fibra, que ultrapassou os acessos de cobre em outubro de 2020.
Atualmente, a Vivo detém 20,8% de todo o mercado de internet por fibra óptica do Brasil. O serviço Vivo Fibra está disponível em 266 cidades e tem cobertura passando na porta de 15,7 milhões de domicílios (home passed).
A Vivo divulgou que mantém “negociações avançadas” com um “grande investidor internacional” para montar uma rede neutra independente de fibra óptica. Na prática, ela quer construir uma infraestrutura que será utilizada simultaneamente pela banda larga Vivo Fibra e por outras operadoras que pagariam pelo aluguel dos cabos ópticos.
Para a nova rede neutra, a Vivo irá contribuir com 1,6 milhão de domicílios atualmente cobertos pela empresa. Com o novo sócio, a operadora tem a meta de expandir a disponibilidade de fibra para mais 5,5 milhões de casas nos próximos quatro anos.
Além da Vivo, Oi Fibra e TIM Live também apostam no modelo de rede neutra para expansão da cobertura de internet por fibra óptica.
Vou ser mais um a entrar nas estatísticas de cancelamento da Vivo. Cancelei a banda larga via cobre (Vivo não passa fibra na minha região), e assinei um dos diversos provedores menores que trabalham com fibra de porta a porta. A Vivo vem ampliando sua rede de fibra fixa a passos de tartaruga, e nesse meio tempo perdendo diversos clientes. Outro ponto que desgasta a marca Vivo é seu atendimento, disparado um dos piores entre as grandes empresas do Brasil.
A Vivo está trocando a rede de cobre por fibra? Ou tá fazendo igual a Claro, mantendo o cobre e expandindo só com fibra?
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