O Nubank anunciou nesta quinta-feira (28) que arrecadou US$ 400 milhões em uma nova rodada de investimento: isso significa que a fintech agora é avaliada em US$ 25 bilhões. Ela é o maior banco digital independente do mundo em número de clientes, e vai usar o dinheiro para financiar sua expansão para mais países.
Em meados de 2019, o Nubank fez uma rodada de investimento que o avaliava em mais de US$ 10 bilhões. Ou seja, a empresa mais que dobrou de valor nesse período, mesmo em meio à pandemia da COVID-19.
“Passamos de 12 milhões de clientes em 2019 para 34 milhões apenas com base na divulgação boca a boca”, disse o cofundador e CEO David Velez ao TechCrunch.
O Nubank ainda tem prejuízo – foram R$ 95 milhões no primeiro semestre de 2020 – mas diz que essa é uma escolha, devido à sua estratégia de crescimento. Ela fez três aquisições ao longo do ano passado: PlataformaTec, Cognitect e Easynvest.
Entre os principais produtos do Nubank está o cartão de crédito sem anuidade: algumas pessoas começam com limites de até R$ 50, que vai aumentando à medida que as faturas são pagas em dia.
Temos também a conta digital sem tarifas, antes chamada NuConta, que ganhou mais relevância durante a distribuição do auxílio emergencial. A Caixa tem um calendário de saques e transferências alegando como objetivo evitar aglomerações em agências. mas é possível fazer depósito em boleto para o Nubank.
A fintech também vem oferecendo outros produtos como empréstimos, conta PJ e seguro de vida a partir de R$ 9 mensais. Ela fez uma brincadeira e deu a entender que iria adicionar suporte a Apple Pay em 2021, mas depois disse que “não há previsão” para isso ocorrer.
E o que a empresa vai fazer com os US$ 400 milhões? Ela diz em comunicado que isso vai apoiar sua expansão internacional na América Latina. No México, mais de 1 milhão de pessoas já solicitaram o cartão de crédito Nu, também sem anuidade; enquanto na Colômbia, a lista de espera já conta com mais de 200 mil inscritos.
O Nubank vê potencial em outros países da América Latina porque, na região, cerca de 50% da população é desbancarizada, e poucos bancos tradicionais controlam mais de 70% do mercado. A fintech também tem escritórios de engenharia na Argentina, Alemanha e EUA.
A rodada de investimentos foi liderada por fundos como GIC, Whale Rock e Invesco. Além disso, participaram as atuais acionistas Tencent, Dragoneer, Ribbit Capital e Sequoia.
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