A Anatel divulgou os dados de acessos de telefonia de 2020. Foi um bom período para o setor móvel: as operadoras somaram 234,1 milhões de linhas de celular, alta de 7,4 milhões. Das grandes empresas, apenas Vivo e Claro cresceram, enquanto TIM e Oi reduziram o número de chips. Além disso, mais de 46,5 milhões de pedidos de portabilidade foram concluídos durante o ano.
Veja o número de linhas em 2019, o comparativo com 2020 e a participação de mercado (market share):
O maior crescimento foi o da Claro: a operadora adicionou 5,1 milhões de novas linhas, o que representa um crescimento de 8,79% no ano. A Vivo acrescentou 3,95 milhões de linhas no período, alta de 5,29%.
Para as demais operadoras, a situação não é tão confortável: a TIM reduziu sua base de clientes em 3,02 milhões de linhas, queda de 5,5%. Já a Oi oscilou pouco e perdeu cerca de 140 mil de chips, encolhendo 0,3%.
Outro fenômeno importante que aconteceu em 2020 foi a predileção do modelo de cobrança. No início do ano, 51,6% das linhas utilizavam o pré-pago; em setembro houve a virada para o pós-pago e controle, e o ano encerrou com 51,6% dos acessos utilizando planos com fatura.
A operadora líder no segmento é a Vivo e 57,1% dos seus clientes se encontram no pós-pago. A Claro não está muito distante, com 54,4%, enquanto TIM e Oi têm mais usuários no pré-pago, com 57,6% e 62,7%, respectivamente.
Trocar de operadora não é uma tarefa tão difícil, uma vez que a portabilidade permite mudar de empresa mantendo o mesmo número. 46,5 milhões de pedidos de migração foram efetivados no ano de 2020 no segmento de telefonia móvel.
A Claro é a empresa que mais recebeu números, com 15,44 milhões de portabilidades efetivadas, seguida por Vivo (13,06 milhões), TIM (8,92 milhões) e Oi (4,53 milhões).
A TIM é quem mais cedeu números para outras empresas, com 13,51 milhões, seguida por Vivo (12,65 milhões), Claro (9,93 milhões) e Oi (8,08 milhões).
No saldo líquido (diferença entre linhas recebidas e cedidas), apenas duas empresas se mantiveram com número positivo: a Claro com 5,5 milhões e a Vivo com 413,2 mil. A Oi encolheu 3,5 milhões, enquanto a TIM perdeu 4,5 milhões de chips.
Eu jurava que a portabilidade anual não chegava a 1 milhão de trocas. É muita gente mudando de operadora anualmente!
Sobre a perda de clientes da TIM, penso que os planos dela estão bem ruins, especialmente no pré-pago. Talvez essa estratégia de tornar os planos pré menos vantajosos no intuito de migrar a base para o pós tenha tido efeito contrário: fez com que clientes já insatisfeitos ficassem com a impressão de que se o pré não está mais vantajoso, o pós estaria pior ainda. Daí qualquer oferta de entrada da concorrência já seria um bom chamariz pra comparação.
Eu sou um exemplo da mudança: após anos satisfeito na TIM, mudei para a Vivo.
Fiz a mesma coisa. Eu tinha 2 chips da TIM. Ano passado, um bloqueou por falta de crédito e o outro joguei fora porque já estava perto de bloquear. Era um beta, que eu havia removido o beta e mudado para outra promoção.
Hoje, só uso o easy e Oi, que logo, logo irá deixar de existir. Então, ficarei só com o vivo easy.
A TIM já não faz mais promoções pré pagas boas, como antes.
Sobre a perda de clientes da TIM, penso que os planos dela estão bem ruins, especialmente no pré-pago.
Exatamente! As únicas que eu vejo vantagem, em seus planos pré, são a Claro e a Vivo.
Esse Tim Pré Top é um pós pago disfarçado de pré pago.
Se vc passa a ter obrigação de pagar, seja por mês, seja quinzenal ou semanal, então não é pré-pago. O conceito de pagar antes, ok, mas na prática criou obrigação de ter a despesa regularmente.
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