A TIM divulgou o plano estratégico para o triênio 2021-2023, e a operadora afirmou que pretende desligar algumas das antenas de celular que serão incorporadas após a aquisição da Oi Móvel. A companhia também descartou a possibilidade de compra da frequência de 2,3 GHz que será licitada pela Anatel no leilão do 5G.
A informação foi revelada por Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da TIM. Ele afirmou que as infraestruturas herdadas da Oi que estiverem muito próximas das antenas existentes da TIM serão desligadas, de forma a reduzir os custos.
Se a compra da Oi Móvel for aprovada pela Anatel e Cade, a TIM irá receber 7,2 mil sites com antenas de celular da Oi Móvel. A companhia estima que cerca de 60% dessa infraestrutura se encontra na mesma torre ou em localização muito próxima. As antenas da Oi serão preservadas nos locais onde não há convergência, o que deve ampliar a cobertura em algumas regiões.
Com a compra da Oi Móvel, a TIM irá receber cerca de 14,5 milhões de novos clientes na sua rede. 40% desses chips se encontram na categoria de planos pós-pagos, que gastam mais com planos de celular e geram mais receita para a operadora.
Com o posicionamento de que está pronta para receber os novos clientes, a TIM estima que o processo de transição dure em torno de 12 meses após a liberação do negócio pelos órgãos responsáveis.
Para a transição, a TIM afirma que as bandas de espectro adquiridas serão um dos primeiros ativos a serem incorporados, e os clientes da Oi poderão fazer roaming na operadora italiana antes da incorporação completa.
Outro detalhe relevante informado durante a divulgação do plano estratégico é que a TIM não pretende arrematar a faixa de 2,3 GHz no leilão da Anatel. A operadora deve focar nas frequências de 3,5 GHz e 26 GHz.
A Anatel irá licitar apenas dois blocos na frequência de 2,3 GHz: um nacional, com 50 MHz de capacidade, e outro de 40 MHz, regionalizado. A ausência da TIM deixa a disputa por esse espectro mais confortável para as outras operadoras.
Aqui vale lembrar que a compra da faixa de 2,3 GHz é incerta para as grandes teles, já que a Anatel estabelece que uma operadora tenha no máximo 172,5 MHz de capacidade entre as faixas de 1 GHz a 3 GHz:
Além das faixas de 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz, a Anatel também irá leiloar as sobras da frequência de 700 MHz. No entanto, o edital também impede que Claro, TIM e Vivo adquiram essa capacidade. Sendo assim, apenas uma nova operadora poderia arrematar essa licença.
Eu queria entender melhor como funciona esse fatiamento do espectro. Não poderiam simplesmente determinar um número maior de frequências a serem contempladas pelas teles, já que estão sobrando ?
Existe algum fator técnico que impressa isso, ou é apenas algo burocrático ?
Tem uma lista aqui no TB sobre isso.
Você será migrado para a operado com o menor market share do seu DDD.
Na minha opinião a questão é não permitir que 1 operadora domine uma capacidade muito grande de espectro e não sobre para as outras operadoras, até hoje essa divisão foi pensada para termos 4 operadoras nacionais e manter o equilíbrio de espectro entre elas, não sei como vai ser daqui para a frente.
Na minha opinião a questão é não permitir que 1 operadora domine uma capacidade muito grande de espectro e não sobre para as outras operadoras
Era bem simples, dividisse em porções iguais (se a tele irá usar ou não, fica a critério). Mas não se estabeleceu assim, pois os leilões eram de cunho arrecadatório.
A Anatel é estranha, autoriza a venda da Oi Móvel, implementa uma legislação pra ampliar o espectro de todas mas não altera a outra legislação que limita todo o leilão.
Enfim, vejo a Sky e até mesmo a Oi tentando brigar pelo espectro de 700mhz e 2,3ghz para formar uma rede 4G/5G. Já usei a Oi 4G e a falta do 700mhz matava a rede.
Espectro é um recurso finito. O campo eletromagnético é dividido entre diferentes serviços, como celular, TV aberta, rádio FM, etc.
Sugiro a leitura desse post aqui, onde expliquei sobre esse limite: Por que temos poucas operadoras de celular no Brasil?
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