O Coronavírus-SUS, aplicativo oficial do Governo do Federal do Brasil, disponível para smartphones com Android e iPhone (iOS), pode avisar se você esteve em contato com pessoas diagnosticadas com COVID-19. Para oferecer essa informação, o app conta com a tecnologia “API Exposure Notification” ou Sistema de Notificações de Exposição, desenvolvida em conjunto pelo Google e pela Apple, para os seus sistemas móveis.
No Brasil, apenas o Ministério da Saúde tem licença para usar o recurso. A função presente no app alerta, em até 24h, se pessoas que testaram positivo para a doença estiveram próximas a você, nos últimos 14 dias, baseado só na sua localização.
Segundo o setor governamental responsável pela saúde, o uso da técnica de rastreamento de casos positivos da doença é um fator que pode ajudar na transição da população de volta à vida cotidiana. Além disso, a medida representa uma estratégia para o gerenciamento de risco de novos surtos da enfermidade.
Na tela principal do aplicativo, há a opção de “compartilhar o seu teste positivo” para COVID-19. Vale destacar que a identidade do indivíduo infectado não é divulgada para outros usuários do Coronavírus-SUS.
Antes da informação ser incluída no app, é preciso validar o resultado do seu exame (PCR ou sorológico) no site Valida Coronavírus SUS [validacovid.saude.gov.br].
Será checada a compatibilidade entre o exame apresentado e dados integrados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e da plataforma de vigilância (e-SUS Notifica) — ambas reúnem registros dos pacientes com COVID-19, no país.
Após a confirmação, um código de seis números (token) é gerado. Essa sequência numérica é indispensável para que seu exame conste no aplicativo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema de Notificação de Exposição não coleta informações pessoais — como nome, CPF e número de celular — do usuário e nem dados de geolocalização. Sendo assim, como o app não rastreia a pessoa testada como positivo para a COVID-19 e nem a pessoa que recebe a notificação da possível exposição à doença, pressupõe-se a segurança das identidades de quem usa a plataforma.
Um código gerado aleatoriamente é atribuído a cada dispositivo e, para fins de privacidade, esse código muda a cada 15 minutos. Quando smartphones com o app baixado se aproximam fisicamente, os códigos são “trocados” via Bluetooth Low Energy e as informações são armazenadas no cache do seu aparelho.
Uma chave de diagnóstico (que não contém dados pessoais) é criada quando um usuário tem seu exame positivo para a doença validado e constando no app. O Coronavírus-SUS analisa regularmente os códigos no servidor, comparando-os com as chaves salvas no seu dispositivo. Com isso, é possível indicar se você foi exposto ao risco de infecção.
Com o envio criptografado de dados, via bluetooth de baixa energia, o aplicativo identifica contatos a uma distância de 1,5 a 2 metros e por um tempo mínimo de cinco minutos, entre aparelhos que tenham o Coronavírus-SUS instalado. Além disso, é necessário que a ferramenta de notificação de exposição esteja ativada.
Para que o app esteja em pleno funcionamento é necessário, então:
Por fim, caso o usuário entre em contato com uma pessoa contaminada pelo sars-CoV-2, uma notificação será enviada pelo Ministério da Saúde. Na mensagem, será informado que essa é uma medida de prevenção. Dessa forma, deve-se reforçar a higiene pessoal e ficar atento ao possível aparecimento de sintomas característicos da doença — como dor de garganta, febre, tosse e falta de ar.
Ao tocar na opção “Possível exposição”, na tela principal do app, você pode conferir um “histórico” dos alertas de provável risco de contágio, nos últimos 14 dias.
O aplicativo também reúne artigos com dicas — o que você precisa saber e fazer para eliminar o vírus de forma eficaz — e notícias de portais oficiais. Você pode conferir instruções de como se prevenir e como evitar a transmissão do agente causador da doença, por exemplo. Essa é uma forma de combater notícias falsas e de entregar informações corretas à população.
Vale destacar que a comunicação com os usuários é feita exclusivamente pelo app. Ou seja, deve-se desconfiar de e-mails, SMS e qualquer outro tipo de interação, principalmente se informações pessoais forem solicitadas.
Com informações de: Ministério da Saúde e Coronavírus-SUS
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