Os CEOs de Facebook, Google e Twitter retornarão à Câmara dos Estados Unidos em um depoimento sobre desinformação. As falas iniciais dos executivos já estão disponíveis e indicam como eles planejam se posicionar. No caso de Mark Zuckerberg, o discurso se concentra em defender uma regulação a favor da moderação de conteúdo.
De acordo com o discurso publicado no site da Câmara dos EUA, Zuckerberg vai defender novamente que as plataformas sejam regulamentadas. O executivo sugere mudanças na Seção 230, trecho de uma lei de 1996 que isenta plataformas de responsabilidade sobre o que os usuários publicam, exceto se envolver pirataria e pornografia.
O criador do Facebook defende uma atualização na Seção 230 para ampliar os deveres das plataformas. Zuckerberg aponta que a lei segue com princípios relevantes, mas sugere uma revisão pelo Congresso. Ele afirma que as regras funcionariam melhor para as pessoas se os parlamentares fizessem “mudanças cuidadosas”.
Em seu discurso, Zuckerberg defende que a isenção de responsabilidade deve ser aplicada apenas para plataformas com certos padrões para remover conteúdo ilegal. Segundo ele, a regra deve ser restrita a serviços capazes de “atender às melhores práticas para combater a disseminação desse conteúdo”.
“Em vez de receberem imunidade, as plataformas devem ser obrigadas a demonstrar que possuem sistemas para identificar e remover conteúdo ilegal. As plataformas não devem ser responsabilizadas se um determinado contéudo contorna sua detecção – o que seria impráticável para plataformas com bilhões de posts por dia –, mas devem ser obrigadas a ter sistemas adequados para lidar com o conteúdo ilegal”, afirma Zuckerberg.
Ele também afirma que as mudanças na Seção 230 devem se concentrar na moderação de conteúdo, e não em questões como criptografia e privacidade. O executivo aponta ainda que não é preciso haver uma regra única para todas as plataformas. Em vez disso, Zuckerberg sugere que elas sejam proporcionais ao tamanho de cada serviço.
É claro que a sugestão busca fazer o Facebook ter o mínimo de mudanças possível, visto que a plataforma já tem seu padrão de moderação de conteúdo. Em sua fala inicial, o CEO da Alphabet (controladora do Google), Sundar Pichai, também se mostra contrário a mudanças bruscas na Seção 230. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, destaca iniciativas da empresa para combater a desinformação, como o Birdwatch.
A sessão da Câmara dos EUA com o depoimento dos três executivos acontece nesta quinta-feira (25), às 13h (horário de Brasília).
Com informações: Engadget, The Verge.
Ou seja: ele quer continuar censurando todo mundo que não gosta e não ser responsabilizado pelo que deixa os “coleguinhas” publicarem.
Pela lógica de negócios, se determinado conteúdo vai trazer repercurções sociais desagradáveis, tá certo ele. A critica deveria ser mais sobre esse morde e assopra que esses figurões das redes sociais ficam, pois fazer de sua plataforma a Casa da Mãe Joana anda causando muito problema pro mundo, mas ao mesmo tempo é a principal fonte de grana deles, ou como costumam dizer, o ditado “falem mal, mas falem na minha plataforma” é o que é rentável.
Aí nesse meio tempo, pataquadas como a relação entre o Twitter e o Trump vão acontecendo.
Tá, mas quem é que decide o que traz repecursões negativas a sociedade? Pornografia e pirataria são coisas objetivas, não dependem da interpretação de ninguém, outas coisas são subjetivas.
As redes sociais são o Flash pra correr atrás de apagar coisas ou diminuir alcance de um lado. Mas o outro fica feito lesmas.
A regra é clara: se tem capacidade de filtrar o que quiser, tem que se responsabilizar pelo que deixar passar.
Esse cara precisa tomar um sol.
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