Impulsionada pela alta demanda devido à pandemia e pela guerra comercial entre EUA e China, a escassez de chips tem impactado fortemente fabricantes de celular. Fornecedores têm alertado para a situação crítica e falam que não há chips suficientes. A falta de peças já impacta empresas como Xiaomi, Samsung, Realme, Huawei, Oppo, dentre outras.
Esse cenário sem precedentes é observado desde o ano passado. Com o avanço da pandemia de COVID-19, houve uma alta demanda, atingindo a produção, que não conseguiu acompanhar o ritmo da procura. Consequentemente, a indústria de semicondutores viu os preços de equipamentos subirem.
Maribel Lopez, analista da Lopez Research, disse que o impacto de oferta era aguardado no mercado mobile desde 2020, porém o cenário não era esperado com consoles e PCs. A dificuldade, no entanto, já atinge vários setores, inclusive a indústria automobilística.
Na semana passada, Lu Weibing, vice-presidente da Xiaomi, disse que “há uma escassez de microchips este ano. Não é apenas um déficit, mas também uma grave escassez”. “Tornou-se um problema global”, enfatizou um executivo da Samsung.
Uma fonte ligada à Realme informou ao Global Times que “os chips e outros componentes da Qualcomm estão fora de estoque, incluindo fonte de alimentação e dispositivos RF”. Cristiano Amon, brasileiro que hoje comanda a Qualcomm, reconheceu a dificuldade e informou que a escassez é generalizada.
A chinesa SMIC (Semiconductor Manufacturing International) ainda tem de enfrentar as sanções impostas pelos Estados Unidos, o que dificulta a oferta.
De acordo com o site Yicai, a Qualcomm estendeu a entrega de todos os seus produtos para 30 semanas ou mais, dependendo do equipamento. Por outro lado, Huawei, Vivo, Oppo e outros fabricantes passaram a estocar componentes, o que fez a situação ficar mais grave. Especialistas acreditam que a escassez pode ser amenizada na segunda metade de 2021, mas o problema continuará até 2022.
É, hora de cuidar bem do smartphone e do carro pra fazer eles durarem pelo menos até 2023 então.
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