Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje
SÃO PAULO – O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo nesta terça-feira (23). Às 10h55, o indicador registrava queda de 0,16%, aos 2.577 pontos. No mês, o Ifix cai 3,67% e, no ano, as perdas acumuladas alcançam quase 10,21%.
Em entrevista ao canal FIIs, no YouTube, o gestor de fundos imobiliários da More Invest Yuri Bialoskorski considerou difícil dimensionar até onde vai a tendência de queda dos fundos. Para ele, o momento é de calibrar a estratégia, especialmente para os investidores que focam em renda passiva para o futuro.
“Este é um momento que estamos vivendo muito importante para quem está querendo montar patrimônio e olhando uma renda para daqui dois, três ou cinco anos. Ao mesmo tempo, é um momento muito complicado para quem está esperando comprar fundo imobiliário e vender com lucro na semana seguinte”, afirmou.
“É muito difícil dizer se a tendência de queda dos fundos está próxima. Mas é mais fácil dizer que, daqui a dois anos, os preços de hoje significarão boas compras”, disse.
Na avaliação de Bialoskorski, os fundos imobiliários estão sentindo o reflexo da expectativa de crescimento do País no longo prazo, que diminuiu, na visão do gestor. A projeção mais pessimista está ligada às incertezas fiscais e políticas, além da ameaça inflacionária e juros elevados, destacou.
Maiores altas desta terça-feira (23):
Maiores baixas desta terça-feira (23):
Fonte: B3
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
O fundo Urca Prime Renda Urbana quer captar R$ 199,8 milhões com a 5ª emissão de cotas do fundo, anunciada em fato relevante na noite desta segunda-feira (22).
O preço de emissão será de R$ 100 mais uma taxa de distribuição de R$ 2,50, totalizando o valor de R$ 102,50. Atualmente, a cota do Urca está sendo negociada na casa dos R$ 110.
Os cotistas com posição no dia 26 de novembro terão preferência na oferta e poderão manifestar interesse em novas cotas entre os dias 1º e 14 de dezembro. O fator de proporção é de 53%. Não será permitida a venda do direito de preferência.
Com 36.911 cotistas, o Urca tem como objetivo o investimento em CRIs (certificados de recebíveis imobiliários). Atualmente, o portfólio do fundo está 86% indexado ao IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo.
No ano, o fundo administrado pela Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários acumula valorização de 32%, considerando o pagamento de proventos. Em 12 meses, o retorno com dividendo é de 17,79%.
O fundo Rio Bravo Renda e Varejo anunciou mudanças na 4ª emissão de cotas do fundo, anunciada no início do mês. Entre as alterações, está o preço unitário das novas cotas que passa de R$ 108 para R$ 99.
A quantidade de cotas emitidas também foi elevada em mais de 60 mil, totalizando agora 725 mil. Com a mudança, o fundo mantém a expectativa inicial de captar R$ 70 milhões com a nova emissão.
O direito à preferência foi mantido para os cotistas com posição no fechamento do pregão do dia 8 de novembro, na proporção de 6%.
Na última sessão, as cotas do fundo fecharam em alta de 0,78%, valendo R$ 97,10. No ano, o papel cai 9,82%, considerando os proventos, e o retorno com dividendos em 12 meses é de 9,34%.
O Rio Bravo é um fundo imobiliário do tipo “tijolo”, que investe em imóveis para locação. Atualmente, o portfólio do fundo está locado principalmente para os bancos Santander e Caixa Econômica Federal. De acordo com relatório gerencial de novembro, a vacância atual do Rio Bravo é de 0,7%.
Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta terça-feira (23):
Fonte: InfoMoney
XP alterou de neutra para compra a recomendação para o fundo Mauá Capital Recebíveis. A corretora definiu o preço-alvo do ativo em R$ 101,20, o que representa um potencial de crescimento de mais de 10%. O fundo foi a novidade da lista dos mais recomendados para o mês de novembro.
O fundo investe principalmente em CRIs e, atualmente, 60% dos recebíveis estão indexados ao IPCA. Entre os pontos fortes do fundo, a XP destaca a diversificação do portfólio, distribuído com ativos ligados aos setores logístico (38%), comercial (24%), residencial (23%) e varejo (9%). A tese de investimento aponta ainda que a maior parte dos CRIs do Mauá tem perfil “high grade”, ou seja, títulos com devedores que apresentam menores riscos de inadimplência.
A XP lembra também que os últimos dividendos distribuídos pelo fundo giraram em torno de R$ 0,70 por cota, valor que representa um retorno com dividendos anualizado de 12,1%.
De acordo com a avaliação, atualmente o fundo negocia com pequeno desconto sobre o valor patrimonial, um patamar considerado atrativo para os analistas da XP.
Os fundos imobiliários já acumulam, em média, 10% de desvalorização em 2021. Em momentos de baixa, analistas são unânimes sobre a abertura de oportunidades no mercado. Mas, segundo eles, é preciso atenção na hora de identificar o que é realmente um bom negócio.
Em ritmo de Black Friday, a edição desta terça-feira (23) do Liga de FIIs apresenta os cinco fundos imobiliários mais descontados da Bolsa atualmente. Os descontos superam 30%. Conheça os ativos selecionados e as dicas para encontrar outras oportunidades.
Produzido pelo InfoMoney, o Liga de FIIs tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter de fundos imobiliários. O programa começa às 19h no canal do InfoMoney no YouTube.
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