terça-feira, 30 de novembro de 2021

Central de FIIs: com alta da inflação, XP reforça recomendação de fundos imobiliários de "papel"; Ifix sobe - InfoMoney

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Em um mês marcado pela aversão ao risco nos mercados, a XP reforçou a preocupação com a elevação dos preços no País e manteve a recomendação para os fundos imobiliários do tipo “papel”, que investem em títulos atrelados a indexadores de inflação e à taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

O destaque econômico de novembro, segundo relatório divulgado na segunda-feira (29), foi o resultado dos indicadores de inflação, especialmente o IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo – que registrou alta de 1,25% e surpreendeu os analistas. O indicador acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% em 12 meses.

O documento destacou ainda a variação do INCC (Índice Nacional da Construção Civil), que acelerou de 0,80% em outubro para 0,71% em novembro. A inflação acumulada pelo índice em 12 meses passou para 14,69% e no ano, para 13,68%.

Além da inflação, os analistas da XP consideram que a elevação dos juros e as notícias no cenário político e econômico seguem causando pressão nos preços das cotas. “Desse modo, mantemos nossa preferência em fundos imobiliários do segmento de papel, dado seu caráter mais defensivo”, destaca o relatório.

Na sessão desta terça-feira (30), o Ifix – índice que reúne os fundos mais negociados na Bolsa – opera no campo positivo. Às 11h20, o indicador subia 0,51%, aos 2.576 pontos.

Ontem, o índice deu um alívio para os investidores e recuperou parte das perdas dos últimos dias. No pregão desta segunda-feira (29), o indicador fechou com alta, de 0,88%, aos 2.563 pontos, maior elevação do Ifix desde o dia 13 de julho, quando o índice subiu 0,93%.

Maiores altas desta terça-feira (30):

 

Maiores baixas desta terça-feira (30):

Fonte: B3

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

O fundo CSHG Renda Urbana realizou a avaliação anual dos imóveis da carteira e o laudo apontou aumento de 1,12% no valor contábil dos ativos. O trabalho foi realizado pela Colliers International Valuation & Advisory Services.

A diferença apontada na reavaliação representa uma variação positiva de aproximadamente 0,84% no valor patrimonial da cota do fundo, com base no fechamento de 29 de outubro de 2021.

Com uma área bruta locável (ABL) de 355 mil metros quadrados, o CSHG Renda Urbana conta com 81 imóveis espalhados por 5 Estados.

O Credit Suisse já havia realizado a avaliação anual dos imóveis de outros fundos que administra. O destaque ficou para os ativos do CSHG Prime Offices ( HGPO11), que tiveram o valor elevado em 12,31% na comparação com o valor contábil dos ativos. O índice representa um impacto positivo de 11,67% no valor patrimonial da cota do fundo.

O fundo BTG Pactual Terras Agrícolas assinou compromisso para a compra da Fazenda JR, em Campo Verde (MT). O montante total da operação é de R$ 70 milhões, que será pago em duas parcelas.

O imóvel possui área de aproximadamente 1.673 hectares e está localizado no estado de maior produção agrícola do Brasil, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária. Atualmente, a região lidera os rankings nacionais em produção de soja, milho, algodão, entre outros.

De acordo com fato relevante, o espaço será locado para o próprio vendedor pelo prazo de dez anos. No primeiro ano, o valor do aluguel anual será de R$ 7,5 milhões. A partir do segundo ano, o valor anual base de remuneração passará a ser de R$ 9,1 milhões, corrigido pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

A estrutura da operação também estende uma opção de recompra da propriedade do imóvel em favor do Grupo JR, que poderá ou não ser executada ao final do contrato.

Com a aquisição, a gestora estima que o resultado mensal do fundo será impactado em aproximadamente R$ 0,19 por cota ao mês no primeiro ano e em R$ 0,23 por cota ao mês a partir do segundo ano de operação.

Em outubro, o fundo já havia adquirido as fazendas Três Irmãos, em Tapurah (MT), por R$ 80 milhões, e Colibri, em Nova Mutum (MT), por R$ 21 milhões. A soma da área dos imóveis é de aproximadamente 2,1 mil hectares e o valor total da operação alcançou R$ 101 milhões.

O fundo BTG Pactual Logística firmou compromisso para a compra de um galpão logístico de 88 mil metros quadrados localizado no município de Mauá (SP). O espaço, que passou por obras, já está 30% pré-locado.

De acordo com o compromisso, parte do espaço também seria alugado, durante 16 meses, para a parte vendedora.

A compra foi acertada pelo valor de R$ 345 milhões. O fundo já desembolsou R$ 15 milhões e o restante será pago em dezembro, depois da verificação de trâmites legais.

Com a confirmação do negócio, o fundo se tornará o único titular da propriedade e de todos os direitos sobre o imóvel. A transação teria impacto mensal positivo equivalente a R$ 0,12 por cota.

O fundo BB Progressivo assinou contrato para a locação de antenas do topo do edifício SEDE I, em Brasília. O novo locatário será a Telefônica do Brasil, que utilizará o espaço pelo prazo de cinco anos a contar de 01 de outubro de 2021.

Para reservar o local, de 40 metros quadrados, a nova locatária desembolsará o montante de R$ 211 mil, que será pago em até 30 dias úteis.

O valor recebido antecipadamente terá um impacto positivo de 6,19% na próxima distribuição de rendimentos, o equivalente a R$ 1,63.

Com patrimônio líquido de R$ 329 milhões, o BB Progressivo tem hoje 8.223 cotistas. Além do SEDE I, o fundo ainda conta com outro ativo na carteira, o Centro Administrativo, no Rio de Janeiro (RJ). No final do mês de setembro, a taxa de vacância do portfólio estava em 72%.

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta terça-feira (30):

Fonte: InfoMoney

Fundos Imobiliários: tudo o que você precisa saber para começar a investir

 

O Mercado Livre ocupa a liderança entre as companhias que mais locaram galpões logísticos no País em 2021. A informação faz parte de estudo da SiiLa Brasil, plataforma de dados do setor imobiliário. De acordo com o levantamento, o Mercado Livre demandou este ano 216 mil metros quadrados de galpões.

A maior parte das empresas que aparecem no ranking brasileiro também atua com varejo online e logística, como é o caso do Magalu, Mobly, Amazon e Loggi.

“No mercado brasileiro, este movimento é justificado pelo crescimento exponencial do e-commerce desde o início na pandemia”, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, ao explicar o protagonismo do varejo digital na lista das companhias que mais locaram galpões logísticos no País em 2021.

No estoque geral, a liderança na ocupação está com as empresas de transporte e logística, responsáveis por 28,96% da área ocupada, seguido por empresas de varejo, com 20,30% e e-commerce, com 9,36%.

O Brasil registra a menor taxa histórica de vacância no segmento, de acordo com dados da SiiLa. O País fechou o terceiro trimestre com um índice de 8,95% de área vaga dos condomínios logísticos.

O Liga de FIIs desta terça-feira (30) promete abrir e analisar a carteira de fundos imobiliários do Lucas Pit Money, investidor, fundador da casa de análise Inside e dono de um canal no Youtube com 366 mil inscritos.

Depois de perder R$ 150 mil no famoso “Joesley Day”, quando as conversas entre o empresário Joesley Batista e o então presidente Michel Temer foram reveladas e a bolsa caiu 8,8%, Pit Money trocou os trades pelo investimento focado em fundamentos e no longo prazo.

Hoje o influencer contará sobre o resultado da mudança de estratégia e dará dicas para os investidores preocupados com as recentes quedas na cotação dos fundos imobiliários.

Produzido pelo InfoMoney, o Liga de FIIs tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e de Wellington Carvalho, repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. O programa começa às 19h e você pode acompanhar aqui.

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