segunda-feira, 22 de novembro de 2021

B3 passa a permitir aluguel de cotas de ETFs de renda fixa a partir de hoje - InfoMoney

Objetivo é ampliar e facilitar a realização de estratégias por parte dos investidores, aumentando a liquidez dos ativos

SÃO PAULO – A B3 (B3SA3) começou a oferecer nesta segunda-feira (22) o serviço de empréstimo de cotas de fundos de índice (ETFs) de renda fixa.

Segundo a Bolsa, o objetivo é ampliar e facilitar a realização de estratégias por parte dos investidores, incentivar a negociação do produto e, consequentemente, dar maior liquidez para o mercado secundário.

Assim como acontece para qualquer outro ativo disponível na B3, a dinâmica do empréstimo conta com o intermédio de uma corretora e dois investidores: o que está interessado em emprestar o produto (doador) e o que está interessado em alugar esse ativo (tomador).

Durante a vigência do contrato, a B3 transfere temporariamente os ativos do investidor doador para o tomador, que deverá pagar ao doador uma remuneração previamente acordada, segundo o prazo contratado.

“Com esse lançamento queremos desenvolver o mercado de ETF de renda fixa e ampliar o número de estratégias com o produto. A entrada do empréstimo de cotas irá contribuir com o potencial de crescimento do produto, possibilitando estratégias de venda, hedge e arbitragem, além de auxiliar os Formadores de Mercado a proverem liquidez”, afirma Marcos Skistymas, superintendente de produtos de juros, moedas e equities da B3, em nota.

Ganhando cada vez mais espaço no mercado, os ETFs de renda fixa replicam o desempenho de índices que acompanham títulos públicos e privados prefixados ou atrelados à inflação. O primeiro produto foi lançado na Bolsa brasileira em 2018.

Ao todo, há hoje sete ETFs de renda fixa negociados na B3, sendo cinco deles atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o caso do “B5P211“, lançado no ano passado, que acompanha a evolução da carteira de papéis com prazos de até cinco anos. A taxa de administração é de 0,20% ao ano.

Há ainda dois ETFs que acompanham a evolução da carteira de títulos indexados à inflação com prazo igual ou superior a cinco anos (“IB5M11” e “B5MB11”), além de outros dois que replicam o IMA-B geral (“IMAB11” e “IMBB11”) – formado por todos os títulos que compõem a dívida pública. As taxas de administração variam de 0,20% a 0,25% a.a.

Segundo dados da B3, o patrimônio líquido sob gestão desses ETFs cresceu 10% no último ano, chegando a aproximadamente R$ 4,7 bilhões, com um volume médio diário de negócios de R$ 8 milhões.

Dentre as iniciativas da Bolsa para ampliar o alcance do produto estão o lançamento do programa de incentivo à emissão de ETFs de Renda Fixa; a atuação de Formador de Mercado em todos os ETFs e, desde junho de 2020, a aceitação de cotas de ETF de Renda Fixa como garantia.

Uma das vantagens do produto é oferecer aos investidores uma maior diversificação para suas carteiras, dado que por meio da compra de uma única cota o investidor consegue ter acesso a diversos ativos do índice de referência (benchmark).

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