A senadora democrata Elizabeth Warren escreveu uma carta a chefe da Comissão Federal de Transações (FTC), principal órgão de regulamentação em mercados nos EUA, em que pede uma investigação “meticulosa” da compra do estúdio de Hollywood MGM pela Amazon. Segundo Warren, a aquisição de uma das maiores produtoras de cinema e TV do mundo pode ferir consumidores e conferir poder de monopólio à empresa de Jeff Bezos.
O The Verge teve acesso à carta endereçada à Linda Khan, chefe recém-nomeada da FTC. Khan tem uma postura anti-tech quando se trata especialmente da Amazon: ainda na faculdade de direito, ela publicou diversos artigos sobre o poder excessivo da varejista e como o governo poderia vedá-lo.
Warren é igualmente adepta a barrar a sequência de aquisições e fusões de grandes empresas de tecnologia americanas. Quando foi pré-candidata pelos Democratas em 2020, uma de suas principais propostas era impor tarifas e impostos pesados às companhias do Vale do Silício.
Nesta quarta-feira (30), a senadora mune a FTC com uma proposta de rever a compra da MGM pela Amazon. Ela pediu que o órgão antitruste examinasse de perto “os possíveis efeitos anticompetitivos que esta negociação terá no mercado de serviços de streaming e entretenimento, em soma aos impactos que essa transação terá sobre os trabalhadores, pequenos negócios e competidores em geral, já que a Amazon — que já domina inúmeros mercados — acelera seus esforços monopolistas e agressivos.”
A FTC, por outro lado, disse que já vai incluir a aquisição — que custou à Amazon US$ 8,45 bilhões — da Metro Goldwin Mayer na investigação maior sobre o guarda-chuva de operações da varejista; caso a transação fosse confirmada, seria um enorme “pé direito” em sua consolidação na indústria cinematográfica.
O enorme poder aquisitivo é justamente um dos principais pontos da investigação da FTC. O orçamento dá uma vantagem inquestionável ao Amazon Prime Video, braço de streaming da empresa de Bezos — por fazer parte de um pacote, o preço do serviço se mantém relativamente baixo: R$ 118,8 reais ao ano (a depender do pacote, o Disney+ chega a custar R$ 279,90 e a Netflix R$ 334,80 anualmente).
Ao adquirir a MGM, o vice-presidente sênior do Prime Video e do Amazon Studios Mike Hopkins disse que a Amazon foi seduzida pelo “baú de tesouros de franquias no vasto catálogo” da produtora. Não é para menos: a produtora é dona de 4 mil filmes, dentre eles a saga 007, do espião James Bond, e o clássico Silêncio dos Inocentes. A lista dos 17 mil seriados da MGM tem mais nomes de peso: O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale em inglês), Fargo e Vikings.
Contudo, Elizabeth Warren contesta que a compra não faz parte da estratégia de entretenimento da varejista, e pede para a FTC determinar se a transação é “mais um passo a uma monopolização descontrolada”.
Com informações: The Verge
" Senadora americana pede que a FTC avalie a compra da MGM sob o argumento de que a aquisição, caso confirmada, daria poder de monopólio ao Prime Video"
Agora que os políticos Yankees estão preocupados com monopólio?
Onde eles estavam quando a Disney comprou a Fox? Ou do Facebook comprando Instagram e Whatsapp?
A impressão que fica que políticos americanos agem como os políticos brasileiros, rolou um dinheiro ninguém fala nada, não rolou, vou reclamar nos órgãos reguladores.
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