quinta-feira, 8 de julho de 2021

Review Fone Bluetooth JBL Tune 510BT: um headphone honesto [análise/vídeo] | Tecnoblog

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O setor de headphones de entrada é dominado por Philips, Edifier, JBL e Sony, que infelizmente deixou o Brasil. Mas a Harman, dona da JBL, deve aproveitar essa lacuna para variar o seu portfólio, que já é hiper diversificado, diga-se de passagem. O JBL Tune 510BT é um bom exemplo disso. Lançado em abril de 2021, o modelo logo chamou a atenção por oferecer até 40 horas de som, carregamento rápido e um bom custo-benefício, já que tem preço sugerido de R$ 299.

Bluetooth 5.0, conexão multiponto e tecnologia Pure Bass, que dá ênfase aos graves são outros destaques do headphone. Será que ele consegue ser superior que o JBL Tune 500BT e o Edifier W800BT? Ou será melhor investir no Philips TAUH202? Eu passei alguns dias com o novo JBL Tune 510BT para entender a sua proposta e conto as minhas impressões neste review.

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.

O Tune 510BT foi fornecido pela JBL por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O JBL Tune 510BT é um fone tradicional. Ele não se distanciou do 500BT, que é o triunfo da empresa na categoria de entrada, e ainda é bem semelhante ao Tune 660NC e ao Sony WH-CH510. Ao contrário do Edifier W800BT, que tem um acabamento mais sofisticado, o headphone da JBL tem uma proposta básica e foca na robustez, com plástico simples em toda a estrutura, incluindo arco e conchas. Não é um material super-resistente, como já esperamos, e exige um certo cuidado do usuário no manuseio.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Flexível, o headphone pode ser ajustado facilmente na orelha e se mostrou muito confortável, sem gerar pressões mesmo no primeiro dia de uso. Também estamos falando de um fone prático para o cotidiano que permite guardar as conchas e ser transportado na mochila e na mala de viagem. Apesar de ser um bom produto para o dia a dia, o 510BT foi pensado para ambientes fechados (trem, metrô, escritórios e residências), portanto, ele não é recomendado para atividades físicas, já que não tem certificação IP contra água.

A JBL escolheu a concha direita para alocar os botões de volume, liga/desliga e o de play/pause, também usado para acionar assistentes virtuais ao pressionar duas vezes (funciona com a Siri, Google Assistente, Bixby, mas a Cortana ficou de fora — será que alguém usa a Cortana?). Esse mesmo botão pode pausar e dar play em músicas e podcasts ao pressionar uma vez. A conexão USB-C para alimentação também está por ali: a posição parece estranha, já que a entrada fica na parte inferior em muitos fones. Porém, a dobradiça do arco acaba protegendo a conexão durante o uso, o que justifica a escolha de colocar a porta de carga no topo. Por fim, só faltou a entrada para cabo auxiliar, não né?

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O gadget tem Bluetooth 5.0 e a latência para vídeos praticamente não existe, logo, este é um bom equipamento para assistir a vídeos no YouTube, filmes e séries em plataformas de streaming. Uma coisa que eu gosto nos fones da JBL é a conexão multiponto, comumente encontrada em vestíveis premium. Com ela, eu consigo usar o 510BT em vários aparelhos ao mesmo tempo, podendo mudar de uma música no PC para uma ligação no smartphone facilmente. E nos meus testes esse recurso funcionou muito bem.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O JBL Tune 510BT tem uma assinatura sonora que me agrada muito. Como era de se esperar, ele tem uma preferência e tende a deixar o som mais corpulento, com graves bem ativos graças à tecnologia Pure Bass. O mais interessante é que essa potência não chega a ser agressiva, por isso, mesmo em volumes elevados, as batidas não fazem o seu ouvido doer. Para os mais exigentes, é bom ressaltar que você não vai encontrar uma separação de instrumentos e um palco sonoro espetacular neste headphone, e isso não é um problema.

Ao reproduzir Cold, do Maroon 5 e Montero, do Lil Nas X, eu pude analisar que o Tune 510BT ressalta o vocal em ambas as faixas e os agudos parecem ficar mais tímidos devido ao espaço que os graves ganharam — as frequências baixas têm muito destaque. Apesar disso, eu vejo que este é bom fone para quem está sempre ouvindo pop, eletrônica e hip-hop. Se você costuma escutar esses gêneros com frequência, certamente este modelo da JBL vai te agradar.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em faixas mais complicadas, eu pensei que o 510BT poderia escorregar feio, mas o desempenho até foi satisfatório para um produto básico. Even Flow, do Pearl Jam, inicia congestionada com bateria e guitarra dominando, mas depois a música fica agradável, rica em detalhes e sem estridência. Por ser um headphone de entrada, ele não oferece cancelamento ativo de ruído e o cancelamento passivo é só ok.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Muitas pessoas devem se questionar se o JBL Tune 510BT é uma boa opção para videochamadas, ligações telefônicas e para mandar áudios no WhatsApp. A minha resposta é sim! O microfone capta muito bem o que você fala e os ruídos de fundo até parecem ser amenizados. A configuração é ótima para quem busca o básico para as reuniões no Zoom ou no Google Meet, por exemplo.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O ponto alto deste produto é a bateria. A marca promete até 40 horas de músicas com apenas uma carga e 5 minutos na tomada garante mais duas horas de som. Se olharmos os concorrentes, é possível notar que este JBL fica um pouco para trás. Por exemplo, o W800BT, um dos maiores sucessos da Edifier, oferece impressionantes 75 horas, e o Anker Soundcore Life Q10, 60 horas de reprodução.

A questão aqui é que 510BT tem uma autonomia tão boa que seria injusto criticar ele porque os concorrentes oferecem mais. Eu recebi o fone lacrado com 60% de bateria e essa carga foi suficiente para ouvir músicas durante o trabalho por mais de quatro dias. Em outro teste, com a bateria em 100%, eu coloquei ele para reproduzir via Spotify às 09h. Depois de 9h41min de reprodução, às 18h41min, ainda tinham 90%.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O que torna o JBL Tune 510BT uma excelente opção é justamente a sua proposta básica. Em toda a estrutura, a empresa simplesmente seguiu a receita dos antecessores, que vem dando certo, e colocou mais bateria nesta geração para quem não quer se preocupar com tomada. Vale lembrar que o Tune 500BT lá de 2019 foi lançado com bateria para 16 horas de reprodução, apenas. E, claro, o 510BT é um fone barato e fica até difícil dizer que não vale a pena considerando tudo isso.

JBL Tune 510BT (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Por outro lado, eu entendo que a proposta aqui é focar no Bluetooth e na conexão multiponto, recurso que funciona muito bem. Entretanto, eu gostaria que a entrada para cabo auxiliar estivesse presente, para deixar o produto ainda mais versátil. O Bluetooth 5.0 ainda dá conta do recado, mas já temos fones de entrada lançados em 2021 com a versão 5.2.

Mesmo com esses contras, o JBL Tune 510BT não deixa de ser um ótimo produto para o dia a dia, em especial para o home office. A qualidade sonora também é muito boa para a categoria e a autonomia é um grande destaque. Se você, porém, busca uma experiência além na parte do som, o Sennheiser HD 250BT, novo modelo de entrada da alemã, se saiu muito bem nos testes do Tecnoblog. Vale também acompanhar os rivais citados ao longo do review.

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