Motor do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do país no primeiro trimestre deste ano, a soja brasileira ampliou sua liderança no mercado global do grão nesta safra 2022/23 e tende a manter o protagonismo na temporada 2023/24, que está em fase de plantio no Hemisfério Norte.
Segundo novas estatísticas divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil colheu o recorde de 156 milhões de toneladas de soja em 2022/23, ou 42,2% de um total estimado em 369,6 milhões de toneladas. Segundo a brasileira Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional chegou a 154,8 milhões de toneladas.
No ciclo 2021/22, quando uma severa estiagem prejudicou as lavouras na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, a colheita do país caiu para 130,5 milhões de toneladas, conforme o USDA, ou 36,3% do total mundial – de acordo com a Conab, o volume ficou em 125,5 milhões de toneladas.
Para 2023/24, as novas projeções do USDA indicam que a colheita crescerá para 163 milhões de toneladas no Brasil, onde a semeadura começará em meados segundo semestre. A produção mundial está calculada pelo órgão em 410,7 milhões, o que resulta em uma participação brasileira de 39,7%.
Os EUA ocupam a segunda posição no ranking dos maiores produtores de soja, com fatias de 33,8% em 2021/22, 31,5% em 2022/23 e 29,9% em 2023/24, nas contas do USDA, fundamentais para a formação dos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT), a referência global para os grãos.
Na Bolsa brasileira, o desempenho dos grãos tem reflexo direto em empresas como a SLC Agrícola (SLCE3) e a BrasilAgro (AGRO3). Na ponta dos fornecedores de insumos a esses produtores, há também Agrogalaxy (AGXY3), Boa Safra Sementes (SOJA3) e Vittia (VITT3).
A liderança do Brasil nas exportações de soja é mais folgada. O USDA estima que os embarques brasileiros do grão chegaram a 79,1 milhões de toneladas em 2021/22 (51,4% do total mundial) e 93 milhões em 2022/23 (55,2%). Para 2023/23, o volume projetado chega a 96,5 milhões de toneladas, ou 56% do total.
Já os embarques americanos são calculados em 58,7 milhões de toneladas em 2021/22 (38,1% do total), 54,4 milhões em 2022/23 (32,3%) e 53,8 milhões em 2023/24 (31,2%). O principal país importador de soja é a China, com participação que gira em torno de 60% do total.
No caso do milho, o Brasil tem participação menor na produção, mas dá sinais de que vai se firmar na liderança das exportações globais. Segundo o USDA, a colheita brasileira total alcançará 132 milhões de toneladas neste ciclo 2022/23 (11,5% do total) – também um recorde –, ante 116 milhões em 2021/22 (9,5%), e poderá atingir 129 milhões de toneladas em 2023/24 (10,6%).
Nas contas da Conab, a produção brasileira totalizará 125,5 milhões de toneladas em 2022/23, um crescimento de 11% ante 2021/22. Caso singular, o Brasil planta três safras de milho por temporada, e a colheita da segunda (a principal) ganha força no início do segundo semestre do ano.
Os EUA puxam a produção mundial de milho, com fatias estimadas pelo USDA de 31,4% em 2021/22, 30,3% em 2022/23 e 31,8% em 2023/24.
Se o clima não prejudicar a segunda safra brasileira, as exportações de milho do país tendem a encabeçar os embarques globais pela primeira vez na história nesta temporada 2022/23.
O USDA acredita que o volume chegará 55 milhões de toneladas (31,1% do total), contra 43,8 milhões dos EUA, que cairão do topo e representarão 24,8% do volume total estimado. Para 2023/24, o órgão projeta as exportações brasileiras também em 55 milhões de toneladas (28,2% do total) e as americanas em 53,3 milhões (27,3%).
Embora com participação menor nas importações de milho, pouco superior a 10%, a China também já lidera esse ranking. Segundo analistas, é o aumento das compras chinesas que puxará as exportações do Brasil nos próximos anos.
PIB
Com crescimentos de área plantada – e, nesta safra 2022/23, também de produtividades -, soja e milho estão influenciando positivamente o comportamento do PIB no Brasil este ano.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soja foi o grande destaque no primeiro trimestre. No período, o PIB do país como um todo registrou avanço de 4% ante o primeiro trimestre de 2022, e o resultado foi sustentado pelo setor agropecuário, que cresceu 18,8%. É entre janeiro e março que se concentra a colheita de soja, carro-chefe do agro nacional e a forte recuperação da colheita observada garantiu o salto.
É consenso entre economistas que, já sem o peso da soja, este segundo trimestre tende a ser marcado por uma forte freada do agro, em termos do PIB. Mas o milho tende a ter influência positiva no terceiro trimestre, com a colheita da segunda safra.
O USDA acredita que o volume chegará 55 milhões de toneladas (31,1% do total), contra 43,8 milhões dos EUA, que cairão do topo e representarão 24,8% do volume total estimado. Para 2023/24, o órgão projeta as exportações brasileiras também em 55 milhões de toneladas (28,2% do total) e as americanas em 53,3 milhões (27,3%).
Embora com participação menor nas importações de milho, pouco superior a 10%, a China também já lidera esse ranking. Segundo analistas, é o aumento das compras chinesas que puxará as exportações do Brasil nos próximos anos.
Com crescimentos de área plantada – e, nesta safra 2022/23, também de produtividades -, soja e milho estão influenciando positivamente o comportamento do PIB no Brasil este ano.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soja foi o grande destaque no primeiro trimestre. No período, o PIB do país como um todo registrou avanço de 4% ante o primeiro trimestre de 2022, e o resultado foi sustentado pelo setor agropecuário, que cresceu 18,8%. É entre janeiro e março que se concentra a colheita de soja, carro-chefe do agro nacional e a forte recuperação da colheita observada garantiu o salto.
É consenso entre economistas que, já sem o peso da soja, este segundo trimestre tende a ser marcado por uma forte freada do agro, em termos do PIB. Mas o milho tende a ter influência positiva no terceiro trimestre, com a colheita da segunda safra.
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