Uma semana depois da Apple anunciar seu programa de apoio financeiro aos podcasts com assinatura mensal, o Spotify segue o mesmo caminho e abre a possibilidade para que criadores de conteúdo da plataforma liberem a mesma coisa. A maior diferença entre ambos os serviços está no caminho necessário para que o ouvinte efetue o pagamento para o programa escolhido.
Spotify tocando podcasts (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Rumores sobre podcasts abertos apenas para assinantes já circulavam pela internet, mas foi só no dia 20 de março que o Apple Podcasts começou a inserir uma forma de apoio financeiro para o criador de conteúdo da plataforma. A ideia por lá é de entregar conteúdo extra ou mesmo acesso antecipado para episódios, nos mesmos moldes da área de membros para canais do YouTube.
Agora o Spotify resolveu seguir o mesmo pensamento e está liberando um modelo de assinatura para alguns programas de podcasts, inicialmente apenas para quem publica o conteúdo nos Estados Unidos. Existem duas diferenças muito importantes entre as duas empresas: onde o usuário paga e a taxa cobrada por cada uma.
A primeira delas envolve apenas o usuário pronto para ouvir o episódio, pois o botão para assinar e assim apoiar financeiramente o podcast não existirá dentro do player do Spotify em dispositivos móveis, ao menos não neste momento. Toda a parte de processamento do pagamento e controle dos assinantes fica a cargo da plataforma Anchor, que é da própria empresa de streaming.
Este passo extra pode diminuir a quantidade de pessoas descobrindo como liberar o conteúdo travado apenas para quem paga. Para tentar contornar este dilema, o Spotify permite a inserção de um link para este objetivo em literalmente qualquer lugar do episódio onde é possível ter um texto, com exceção do título. Como quem cuidará deste lado financeiro será o Anchor, apenas podcasters que utilizam este serviço para armazenar seus programas poderão receber os membros pagantes.
Colocar a assinatura longe do aplicativo do Spotify também é uma forma da plataforma evitar qualquer taxa cobrada pela Apple ou Google, por conta da transação acontecer dentro do sistema de cada um deles.
A segunda diferença é justamente focada em taxa. Enquanto a Apple cobra um pedágio que varia entre 30% e 15% do valor pago pelo usuário para a assinatura em seu app, o Spotify anunciou a ausência de qualquer custo para o mesmo objetivo, cobrando apenas os impostos inerentes ao próprio uso do sistema financeiro.
Este cenário seguirá assim até 2023, quando o Spotify incluirá uma taxa de 5% para o valor trafegado. Mesmo inserindo este valor após este período de dois anos gratuitos, o custo para o criador de conteúdo pode ser até seis vezes menor que a quantia cobrada pela Apple.
Uma terceira diferença entre Apple Podcasts e Spotify pode ser apontada no segundo caso, onde o assinante poderá levar o conteúdo pago para outros agregadores, desde que eles aceitem um feed em RSS privado. Todo podcast com episódios ou outros produtos liberados apenas para ouvintes que apoiam o programa receberá um cadeado dentro da busca.
O Spotify prometeu aumentar a lista de podcasts participantes deste programa nos próximos meses. Criando uma lista de espera para criadores de conteúdo interessados em oferecer assinatura para seus ouvintes.
Com informações: Spotify.
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