quinta-feira, 29 de abril de 2021

Satélites Starlink poderão operar em órbitas ainda mais baixas | Telecomunicações | Tecnoblog

A SpaceX recebeu a autorização da FCC, a agência reguladora de telecomunicações nos Estados Unidos, para operar satélites Starlink em órbitas ainda mais baixas do que o proposto inicialmente pela empresa. A proposta era reduzir de 1.325 km para cerca de órbitas entre 540 km e 470 km, o que foi amplamente questionado por concorrentes, como Amazon e OneWeb, que se preocupavam com eventuais interferências em suas redes e riscos de colisões de satélites.

Satélites Starlink (imagem: divulgação/SpaceX)

Em 2019, a SpaceX já tinha conseguido aprovação para usar uma altitude mais baixa para 1.584 satélites. A nova autorização permite que 2.814 satélites saiam de 1.325 km e orbitem na faixa entre 540 km e 570 km.

Apesar das considerações feitas pelas empresas rivais, a FCC alegou que permitir satélites da rede de Elon Musk em órbitas mais baixas não iria resultar em interferência significativa. Além disso, o processo permitirá que a SpaceX faça algumas mudanças importantes, como o descarte mais rápido de satélites inativos, o que é de interesse de todos por motivos de segurança.

Para a Starlink, o ganho também tem a ver com desempenho, já que pode melhorar a velocidade e a latência do serviço de internet. Já os astrônomos também podem ser beneficiados, já que a movimentação pode ajudar a diminuir os impactos da constelação em observações e pesquisas.

De acordo com a FCC, as rivais Amazon e OneWeb entraram com diversos recursos para barrar ou dificultar a aceitação da proposta da Starlink. Entre os argumentos, estava o de que as diversas modificações deveriam resultar em um processo totalmente novo e mais rigoroso, como se fosse uma nova constelação. Entretanto, a agência rejeitou a ideia nesta terça-feira (27).

Mas nem tudo foi perdido para essas empresas: a FCC exige que a SpaceX se certifique de que os sinais não irão interferir na transmissão de outras companhias, o que foi comemorado pela Amazon. Na prática, a SpaceX deverá adaptar sua constelação à rede da Amazon, “aceitando” interferências adicionais da concorrente, e não o contrário, como era temido pela empresa de Bezos.

“Essas condições atendem às nossas principais preocupações com relação à segurança e interferência no espaço, e apreciamos o trabalho da Comissão para manter um ambiente seguro e competitivo em órbita baixa”, afirmou um porta-voz da Amazon em comunicado.

O processo será acompanhado por relatórios semestrais que reportará eventuais falhas da Starlink. Caso haja algum evento de conjunção ou manobras fechadas com outros satélites, a empresa também deverá notificar neste documento.

Com informações: Ars Technica e The Verge

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