sexta-feira, 2 de abril de 2021

Review Samsung Galaxy S21+: um detalhe aqui, outro ali [análise/vídeo] | Tecnoblog

Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Se de um lado o Samsung Galaxy S21+ difere em vários aspectos do Galaxy S21 Ultra, do outro, ele lembra bastante o seu irmão menor, o Galaxy S21 “normal”. As diferenças entre ambos estão em detalhes relacionados às dimensões. Com isso, surgem perguntas como: entre os dois, qual vale mais a pena?

Essa questão ganha mais peso quando levamos em conta que o Galaxy S21+ foi lançado no Brasil com preço inicial de R$ 6.999, ou seja, o celular é, oficialmente, R$ 1.000 mais caro que o Galaxy S21 (embora ambos já possam ser encontrados com preços menores no varejo).

O modelo maior oferece tela de 6,7 polegadas full HD+, chip octa-core Exynos 2100, 8 GB de RAM, três câmeras na traseira e bateria de 4.800 mAh. Eu usei o celular por três semanas e, conto, nos próximos instantes, tudo o que descobri sobre ele.

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.

O Galaxy S21+ foi fornecido pela Samsung por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Acusar a Samsung de não ser criativa com o design de seus smartphones seria injusto. Prova disso é que o Galaxy S21+ tem uma moldura de alumínio complementada com uma peça do mesmo material que, além de se destacar, se encarrega de proteger o módulo de câmeras na traseira.

Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Aliás, a traseira é recoberta com uma camada de vidro Gorilla Glass Victus. Eis uma das poucas diferenças em relação ao Galaxy S21, que traz plástico por ali.

Essa característica torna o Galaxy S21+ um pouco mais requintado. No entanto, a superfície da traseira do modelo recebeu um tratamento que dá a ela um aspecto fosco que, ao toque, nem parece vidro. Não que esse seja um detalhe negativo, pelo contrário: essa textura contribui para deixar o aparelho menos escorregadio.

Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Uma mudança importante em relação às gerações anteriores aparece na gaveta de chips. Sim, o componente foi posicionado em um local pouco comum — a parte inferior, ao lado da porta USB-C —, mas o que realmente chama atenção é a falta de suporte a microSD. Na linha S21 vendida no Brasil, a gaveta abriga apenas dois SIM cards.

Gaveta de chips do Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Por ali também encontramos a saída de áudio, que faz par com o alto-falante no topo do smartphone. O som, estéreo, é agradável por ser bastante claro e ter volume alto. Até dá para notar alguma distorção quando o áudio está no máximo, mas muito discreta.

Se houvesse reprodução de graves aqui, o Galaxy S21+ seria notável no quesito som.

Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Quem tem um Galaxy S20+ percebe logo de cara que, na tela do Galaxy S21+, a Samsung deu um passo para trás: as marcantes bordas curvadas do componente da geração anterior foram substituídas por um painel totalmente reto.

Mas eu não vejo essa como uma característica ruim, afinal, o novo design pode ajudar a proteger o visor em caso de queda. O que talvez incomode alguns usuários é a resolução menor: o Galaxy S20+ trabalha com até 3200×1440 pixels; o Galaxy S21+, com 2400×1080 pixels.

Tela do Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Apesar disso, a tela do modelo não decepciona. Essa resolução é suficiente para você curtir vídeos ou jogos com bastante conforto visual. Contribui para isso a vivacidade das cores, o excelente nível de contraste e o brilho de até 1.300 nits proporcionado pela qualidade da tecnologia Dynamic AMOLED empregada aqui.

O tamanho de 6,7 polegadas do painel complementado pelo ótimo aproveitamento do espaço frontal soma pontos para quem gosta de telas generosas. Aliás, essa é outra das poucas diferenças em relação ao Galaxy S21, que tem display do mesmo tipo, mas com tamanho de 6,2 polegadas.

Tela do Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Um detalhe digno de nota é a taxa de atualização variável: assim como o seus irmão menor, o Galaxy S21+ ajusta esse parâmetro automaticamente entre 48 e 120 Hz. Taxas mais baixas são acionadas quando há pouco movimento no conteúdo, detalhe que ajuda o celular a poupar a bateria.

Saiba também que toda a linha traz sensor de impressões digitais integrado à tela. O componente, do tipo ultrassônico, é muito rápido e dificilmente falha na primeira tentativa.

O Galaxy S21+ conta com o Android 11, a interface One UI 3.1 e a promessa de atualização do sistema operacional por pelo menos três anos. Não há nada de realmente novo aqui, mas a Samsung lida tão bem com o software que nem seria justo reclamar disso.

No visual, por exemplo, a One UI 3.1 ainda lembra as versões anteriores, mas as telas são tão limpas e organizadas que essa característica acaba não sendo negativa, sem contar que vários parâmetros podem ser configurados, como a quantidade de ícones na tela.

Software do Galaxy S21+ (capturas: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Além disso, os recursos complementares continuam fazendo diferença, a exemplo do modo DeX, que transforma o celular em desktop, e do painel Edge, uma alça na lateral que, quando ativada, mostra os apps mais usados, uma lista de contatos, informações do clima, entre outros — você escolhe o que aparece ali.

Nem tudo é perfeito. O Samsung Global Goals (app de cunho social), por exemplo, pode incomodar com suas notificações. Além disso, o Samsung Free, aplicativo de notícias e outros conteúdos que substitui o Samsung Daily, não me parece muito útil.

Mas, de modo geral, a experiência com o software da Samsung continua sendo um dos pontos fortes da marca.

O mesmo trio traseiro de câmeras do Galaxy S21 aparece no Galaxy S21+ — por sinal, esse é praticamente o mesmo conjunto de câmeras da geração anterior. Como não há novidades técnicas nesse ponto, a Samsung tratou de aprimorar aspectos funcionais.

A câmera principal tem 12 megapixels e abertura f/1,8. Ela é seguida de uma câmera grande angular também com sensor de 12 megapixels, mas abertura f/2,2 e lente de 120 graus. Por fim, temos uma câmera de 64 megapixels e abertura f/2,0 que atua como teleobjetiva.

Câmeras do Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Na qualidade de imagem, as duas primeiras fazem um trabalho admirável, como é típico da família Galaxy S. Tive impressão de que a saturação ficou um pouco mais controlada em relação às gerações anteriores. Mesmo assim, a câmera principal consegue registrar imagens com tons bem vívidos. A grande angular não fica muito atrás nesse quesito.

Excelente nível de definição, pouquíssimo ruído e alcance dinâmico que deixam em evidência tanto pontos bem iluminados quanto áreas de sombra também são características marcantes das duas câmeras.

Principal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Grande angular (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Principal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Principal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Lembra que eu falei de avanços funcionais? O modo Visão do Diretor é um deles. Ele permite que você filme com a câmera frontal e alterne entre as traseiras ao mesmo tempo.

Quadro extraído de vídeo com modo Visão do Diretor (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Embora não seja novidade, o modo noturno também merece menção. Em cenas com pouca iluminação, ele é muito bom na reprodução de cores e no controle do ruído. A definição cai um pouco por conta justamente da redução de ruídos, mas continua em patamares decentes.

Grande angular no modo noturno (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Por padrão, a câmera teleobjetiva trabalha com zoom híbrido de 3x. Aqui, quase todo o trabalho de aproximação é feito por um recorte na imagem. Como o sensor tem 64 megapixels, esse procedimento até causa alguma perda de detalhamento na foto, mas esse problema só é preocupante em cenas noturnas.

Principal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Zoom de 3x (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Zoom de 10x (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Principal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Grande angular (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Teleobjetiva (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Em boas condições de iluminação, o resultado convence se o zoom ficar limitado a 3x. Se você aumentar para 10x, por exemplo, a imagem permanece decente, mas a queda na qualidade fica perceptível. Ah, também dá para gravar em 8K com ela.

Com 10 megapixels, a câmera frontal também é praticamente a mesma da geração anterior. Mas ela não desaponta, longe disso. A definição é muito boa, inclusive com o modo noturno ativado, a fidelidade de cores é decente e o desfoque de fundo é bem feito. Além disso, é bom ver que, por padrão, o modo de embelezamento já não te deixa com o rosto tão lavado.

Sem e com modo noturno na câmera frontal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Modo retrato com a câmera frontal (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Existe uma polêmica pelo fato de a linha Galaxy S21 contar com chip Snapdragon 888 apenas em pouquíssimos mercados, a exemplo dos Estados Unidos. Nos demais, incluindo o Brasil, a Samsung optou por unidades equipadas com o octa-core Exynos 2100, um chip da própria marca.

Apesar de existir uma predileção pelo processador da Qualcomm, no dia a dia, o Exynos 2100 não faz feio. Complementado com 8 GB de RAM, o chip da Samsung fez o S21+ executar tudo a que foi submetido com maestria.

Para não dizer que tudo foi perfeito o tempo todo, eu notei que ele aquece rapidamente na execução de jogos. Mas, pelo menos não percebi queda na taxa de frames nenhuma vez.

Samsung Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Eu não testei, mas só para constar: o Exynos 2100 também tem modem 5G integrado.

Se o Galaxy S21 traz bateria de 4.000 mAh, o S21+, por ser maior, pôde abrigar uma unidade de 4.800 mAh. Dificilmente você verá problemas de autonomia aqui.

Nos testes, rodei três horas de vídeo via Netflix com brilho máximo na tela, joguei Asphalt 9: Legends e Breakneck por cerca de 40 minutos (somados), ouvi Spotify via alto-falante por uma hora, acessei web e redes sociais também por uma hora e fiz uma chamada de dez minutos.

Comecei pela manhã com 100% de bateria. Por volta das 22:00, o celular ainda tinha 44% de carga. Não é um resultado ruim.

Só para reforçar: assim como os demais modelos da linha, o Galaxy s21+ não vem com carregador ou fones de ouvido.

O Galaxy S21+ é um smartphone magnífico. O design é atraente, as câmeras quase sempre capricham nas fotos, a tela é de encher os olhos, o software é bem trabalhado, o desempenho geral é excelente e bateria dá conta do recado.

Porém, na comparação com a geração anterior, pouca coisa muda. A Samsung se focou apenas em um detalhe aqui, outro ali, como um visual novo, alguns incrementos no app de câmera e um chip um pouco mais rápido e com suporte a 5G.

Galaxy S21+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Na prática, é como se o S21+ fosse uma leve revisão do S20+. Só que uma revisão cara: na data de publicação deste review, o preço mais barato encontrado para o S21+ era de R$ 5.849; já o S20+ saia por volta de R$ 3.300, ambos com 128 GB de armazenamento. Como os dois modelos são tecnicamente parecidos, eu optaria por este último sem pensar duas vezes — ou esperaria o preço do S21+ cair mais.

Com relação ao Galaxy S21 “normal”, a versão Plus traz como diferenciais uma tela maior, uma bateria com capacidade ligeiramente aumentada e um acabamento com vidro na traseira. Questão de preferência, portanto. Se você gosta de celulares grandes, vá de S21+; se as dimensões não importam muito, o S21 vai te atender bem.

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