Por Filipe Garrett, para o TechTudo
Marketplace (mercado, em tradução livre) é um espaço virtual que portais de grandes lojas oferecem para que pequenos comerciantes anunciem seus produtos. A ferramenta ajuda os empreendedores a alcançar mais consumidores. Isso porque o lojista se beneficia da visibilidade de marketplaces como Amazon, Mercado Livre, Magalu e Americanas, os quais cobram dele uma comissão conforme o número de vendas.
O TechTudo preparou uma matéria explicando como funcionam esses serviços, quais são suas vantagens e desvantagens e como vender em plataformas disponíveis. A seguir, saiba mais sobre os marketplaces e confira dicas para atuar nesses espaços.
Marketplaces podem ser utilizados para expandir o alcance do seu negócio na Internet — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
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O que é e como funciona um marketplace?
Marketplaces são uma espécie de “shopping center virtual’, espaços que reúnem uma grande variedade de lojistas e marcas. Do ponto de vista do lojista, essa abordagem é interessante porque pode aumentar a visibilidade de um comércio que teria dificuldade em ganhar espaço sozinho no mercado. Para o consumidor, a vantagem é encontrar maior variedade de produtos e preços em um só lugar.
Uma forma de entender a ideia por trás de um marketplace é considerar um cenário em que você decide abrir uma loja na sua cidade. Incipiente no mercado, o seu negócio pode ter dificuldade para competir com concorrentes mais consolidados no mercado e, do seu ponto de vista, instalar uma loja no mesmo espaço ocupado pelos rivais famosos é uma ideia interessante para ganhar visibilidade.
O marketplace consiste na mesma ideia: em vez de tentar competir com marcas como Amazon, Magazine Luiza ou Americanas, é possível colocar seus produtos no catálogo de grandes redes. Como esses sites recebem alta circulação de internautas e já conquistaram a confiança do consumidor, você tem mais chances de conseguir vendas.
Para o consumidor, a vantagem é o acesso: eventualmente, o produto que ele busca pode ter saído de linha e estar esgotado nas grandes lojas, mas comerciantes isolados ainda podem oferecê-lo. Em um marketplace, explorar e encontrar essas mercadorias é bem mais fácil.
Marketplace e e-commerce: qual é melhor?
Vender por meio de um marketplace não deixa de ser uma forma de e-commerce: você estará usando a Internet para estabelecer uma relação de venda de produto ou serviço para terceiros. Ainda assim, existem algumas diferenças entre as modalidades, e a resposta é que não existe uma solução melhor — o que existem são estratégias mais adequadas a cada negócio.
Em um e-commerce tradicional, o site criado funciona como uma loja na web. Os lojistas não têm custos de comissões sobre as vendas feitas no marketplace, mas podem ter custos de manutenção do sistema que gerencia o negócio.
Marketplace Magalu é opção para pequenos lojistas que querem vender mais na Internet — Foto: Reprodução/Filipe Garrett
Embora os marketplaces cobrem uma comissão sobre as vendas realizadas pela Internet, outros custos e preocupações deixam de ser problema do empreendedor. Dependendo do tamanho do negócio, a melhor solução é investir nos dois. Em casos de lojas recém-criadas, o marketplace se revela uma opção mais barata.
Vantagens e desvantagens
Prós:
- Visibilidade: ao usar o marketplace de uma rede famosa, o empreendedor, mesmo que tenha uma loja pequena, pode alcançar um público muito maior. Essa vantagem também vale para o consumidor, que pode encontrar maior variedade de produtos por preços mais competitivos;
- Custos: dependendo da relação com o marketplace, é possível que os custos logísticos para o envio dos produtos sejam diluídos, contribuindo para que o lojista tenha um retorno melhor nas vendas. Outra vantagem é que o marketplace fica responsável por investir em marketing e divulgação;
- Aumento de vendas: uma maior exposição interfere diretamente na chance de aumentar as vendas, uma vez que os produtos poderão alcançar públicos maiores.
Marketplaces também são vantajosos para o consumidor — Foto: Unsplash
Contras:
- Dependência: uma relação conturbada pode comprometer o seu negócio. Atitudes como mudança de regras e custos do marketplace influenciam diretamente na estabilidade do comércio;
- Identidade de marca: obter uma maior visibilidade em grandes sites de e-commerce tem suas vantagens na exposição dos seus produtos, mas também gera pontos negativos para quem visa construir uma marca, uma vez que o consumidor pode associar a compra apenas ao marketplace;
- Confiabilidade: para o consumidor, também há pontos a serem questionados. Se o marketplace não tem regras estabelecidas e um crivo mais criterioso a respeito do que é comercializado no espaço, é possível que lojistas com produtos de má qualidade ou origem duvidosa acabem aparecendo no catálogo. Má experiência de compra com produtos ruins e dificuldades de entrega, por exemplo, podem comprometer a percepção do consumidor a respeito do uso de marketplaces como opção de compra.
Plataformas de marketplace no Brasil
Existem várias plataformas em operação no Brasil. Grandes cadeias de lojas, como Americanas, Magalu, Ponto Frio e Casas Bahia, são exemplos de marketplaces nacionais. Também existem lojas totalmente digitais, como Amazon e Mercado Livre, que oferecem um modelo de negócio online. Já AliExpress e Shopee são opções de comércio que também trabalham com o mercado internacional.
Marketplace Americanas é exemplo de plataforma com operação no mercado nacional — Foto: Reprodução/Filipe Garrett
O Facebook também tem um marketplace próprio, mas suas similaridades param no nome: dentro da rede social, o espaço de vendas é visto como uma área em que qualquer usuário pode oferecer seus produtos e serviços com uma relação muito mais informal entre vendedor, comprador e o Facebook.
Como vender em um marketplace
Os processos e condições variam conforme as plataformas. No geral, os usuários precisam realizar um cadastro simples, concordar com termos de uso e iniciar o cadastramento dos produtos que desejam comercializar.
Nos testes feitos pelo TechTudo, foram cadastrados dados na Amazon e na Americanas. Os dois serviços oferecem um formulário bastante simples, que exige informações obrigatórias como CNPJ do comércio, dados de um responsável e inscrição estadual, para quem não for MEI. Em alguns casos, você pode ser obrigado a comprovar a veracidade das informações com documentos. Isso ocorre para impedir que lojas falsas e golpistas tirem proveito do marketplace.
Marketplace Americanas pode levar 24 horas para validar o cadastro de novos usuários — Foto: Reprodução/Filipe Garrett
Com o cadastro concluído e validado pelo site, um processo mais manual é iniciado: você terá que cadastrar seus produtos para oferecê-los no shopping virtual. Assim como o cadastro de lojas, esse processo pode variar de marketplace para marketplace. Em alguns casos, há um nível maior de automatização, em outros você terá de realizar um trabalho mais manual de cadastramento.
Após a loja e os produtos serem autorizados, o marketplace começa a listá-los nas buscas dos clientes. Os serviços informam as vendas realizadas e os valores repassados, de acordo com a política interna de cada empresa.
Dicas para vender em marketplaces
1. Escolha a plataforma ideal
Você pode escolher o serviço mais indicado à sua loja a partir de vários critérios. Um deles pode ser o custo relacionado ao uso do marketplace, uma vez que você terá de pagar uma comissão sobre as vendas intermediadas pelo espaço. Outras observações relacionam-se ao tipo de produto: artigos esportivos podem dar mais certo num espaço dedicado, como o Netshoes, enquanto produtos mais gerais aparecerem melhor no Mercado Livre.
2. Capriche no cadastro dos seus produtos
Lembre-se de que o engajamento do consumidor também depende da forma como você cadastra seus produtos. Por isso, procure imagens de boa qualidade, dê informações precisas sobre o item e seja claro a respeito de especificações técnicas. Produtos mal cadastrados tendem a atrair menos compradores, e informações inconsistentes podem levar à frustração, devoluções e reclamações.
É importante se atentar para a descrição dos produtos cadastrados no marketplace — Foto: Lucas Santos/TechTudo
3. Monitore a concorrência
Ao entrar para um marketplace, você passa a concorrer com os vendedores daquela plataforma, mas também com o comércio eletrônico em geral. Além de buscar competir no preço, pode ser interessante emular estratégias de sucesso em divulgação, oferta de brindes ou vantagens, como melhores condições de frete.
4. Promova seus produtos
A grande ideia por trás de recorrer ao marketplace é deslocar o trabalho de divulgação para as grandes lojas: elas têm uma visibilidade muito grande na Internet e, desta forma, contribuem para que os usuários encontrem seus anúncios. No entanto, isso não significa que você não possa contribuir com esses esforços. Utilize as redes sociais para promover produtos, divulgar promoções e direcionar tráfego para a sua loja.
Redes sociais podem ser usadas para promover produtos do marketplace — Foto: Nicolly Vimercate/TechTudo
5. Procure ter um site próprio
Marketplaces não obrigam o comerciante a ter uma loja na web, mas pode ser vantajoso estabelecer um espaço próprio. É comum que consumidores pesquisem o nome do anunciante na Internet antes de fazer uma compra, para saber se ele é confiável e de boa reputação. Nesse sentido, ter um site podem contribuir para uma melhor impressão. Outra vantagem é que você consegue oferecer preços e condições melhores na sua própria loja, já que vendas convertidas fora do marketplace não precisam pagar comissão.
Com informações de Shopery, Mayple, InternetRetailing, Sales Layer, Amazon e Americanas
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