Por Fernando Braga, do Home Office
Elden Ring é o mais novo e ambicioso RPG de ação desenvolvido pela From Software e publicado pela Bandai Namco. O jogo mantém as características consagradas na série Souls, só que desta vez com o roteiro produzido com a ajuda de George R. R. Martin, escritor das Crônicas de Gelo e Fogo, que deram origem à Game of Thrones. O jogo é um dos lançamentos mais esperados do ano e fica disponível nesta quinta-feira (24) para PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5), Xbox Series S/X, Xbox One e PC. A versão base do título custa R$ 299,90 para consoles e R$ 249,90 para PC, no Steam.
O TechTudo foi convidado a testar o game e conta a seguir as primeiras impressões. Entre os destaques estão novos elementos na gameplay, história e mundo aberto. No entanto, semelhanças excessivas com títulos da série Souls podem desagradar.
🎮 Elden Ring: veja gameplay e requisitos mínimos para download do jogo
Elden Ring promete trazer as batalhas épicas contra chefes de Dark Souls com mundo aberto e mais novidades — Foto: Reprodução/Steam
História
Provavelmente o grande diferencial de Elden Ring seja sua história, uma parceria assinada entre o famoso autor de fantasia George R. R. Martin e o responsável por Dark Souls, Hidetaka Miyazaki. Ao contrário de outros jogos Souls da From Software, o enredo é menos focado no protagonista. Dessa vez, o universo de Elden Ring têm personagens importantes, que definem o curso da narrativa.
O mundo que exploramos em Elden Ring é o que restou das Terras Intermédias pós-guerra. Por isso, há um forte clima de ruína e destruição no game, algo familiar para quem já tem experiência com Dark Souls. Esse conflito teve início quando uma das runas sagradas, a da morte, foi roubada, e Godwyn, o semideus que a possuía, foi morto.
O game apresenta uma grande variedade de monstros, incluindo animais gigantes. — Foto: Divulgação/BandaiNamco
Durante a guerra, houve a destruição do Anel Prístino (tradução para português do ‘Elden Ring’), artefato mágico que abençoava os moradores do reino. Os fragmentos do anel então foram divididos entre os semideuses. É aí que o player entra na história.
O objetivo é reunir os fragmentos do Anel Prístino espalhados pelas Terras Intermédias. Ou seja, será preciso derrotar nada mais, nada menos que semideuses para se tornar o novo Lorde Prístino (um desafio à altura para um game Souls-like). Além dessa missão, será preciso também desvendar quem quebrou o anel.
Jogabilidade
É possível selecionar dez classes para começar a criar seu personagem — Foto: Reprodução/Fernando Braga
Ao criar nosso personagem, além de termos uma infinidade de opções para personalizar nosso guerreiro, ainda podemos escolher entre dez classes diferentes:
- Miserável: para os hardcores, começa nu e carrega só um porrete;
- Confessor: espião de igreja que tem destreza com espadas e encantamentos;
- Samurai: um lutador da distante terra dos juncos e que sabe manejar katanas e arcos longos;
- Bandido: habilidoso com arcos em combates à distância;
- Astrólogo: classe ligada à feitiçaria;
- Guerreiro: alguém que luta empunhando duas espadas ao mesmo tempo;
- Prisioneiro: um condenado preso a uma máscara de ferro e que tem ligação com magia;
- Vagabundo: cavaleiro exilado de sua terra natal, forte e resistente;
- Herói: descendente de um chefe das terras baldias que utiliza o machado como arma principal;
- Profeta: especialista em encantamentos divinos e de cura utilizando fé.
Independente da classe que você escolher, o jogo possui aquela conhecida dificuldade acima da média para jogos do gênero, além de uma curva de aprendizado bem longa. Ou seja, prepare-se para morrer bastante antes de se acostumar com a gameplay.
O combate é recheado de mecânicas dinâmicas como correr, rolar, saltar, aparar, defender, agachar e esgueirar. É preciso balancear essas ações através da sua barra de vigor, que determina o quanto você pode usar a cada movimentação.
Quando as batalhas de Elden Ring estiverem difíceis demais, jogadores poderão chamar amigos e invocar criaturas para ajudar — Foto: Reprodução/Steam
São diversas armas disponíveis no game, incluindo espadas curtas e longas, clavas, machados, arcos, cajados, entre outras. Cada uma tem seu tipo de jogo específico, onde o jogador precisa treinar para se adaptar. Durante a exploração são encontradas também grandes variedades de itens raros, além de qualidades para cada tipo de arma. Quanto mais forte o desafio, maior a recompensa.
Elden Ring também possui alguns recursos online, onde é possível obter ajuda da comunidade em determinados pontos do mapa. O jogador pode escrever e ler mensagens de outros players pelo chão, com algumas pistas do que está por vir. Além disso, também há modos de jogo especiais, onde é possível convidar um amigo para jogar cooperativamente ou então como adversário.
Elden Ring é o novo jogo de ação e RPG do criador de Dark Souls que leva a fórmula da franquia para um grande mundo aberto — Foto: Reprodução/Steam
Novidades na gameplay
Talvez a maior novidade na gameplay de Elden Ring quando comparado aos últimos jogos Souls-like seja o mundo aberto. Agora, há um vasto mapa com centenas de pontos de interesse a serem explorados. Para ajudar na movimentação, jogadores podem usar montarias para atravessar as extensas regiões. Além disso, também é possível usar a já conhecida viagem rápida, uma espécie de teletransporte para pontos específicos.
Mas, uma das dificuldades do jogo é que o mapa inicialmente não possui indicações. Dessa forma, é preciso explorar por conta própria ou então encontrar fragmentos em locais aleatórios (certamente repleto de monstros prontos para te derrotar). Falando nisso, durante nossos testes enfrentamos uma grande variedade de inimigos: mortos-vivos, gigantes, dragões, animais, humanos e até semideuses poderosíssimos.
Em Elden Ring é possível andar livremente pode cada uma das regiões do mundo. — Foto: Reprodução/Fernando Braga
Um novo elemento torna o jogo um pouco mais amigável para iniciantes: agora é possível invocar alguns espíritos para ajudar durante o combate. Ao longo da aventura é possível encontrar diferentes formas de espíritos, como lobos, magos e guerreiros. Cada um pode ser adaptador para diferentes estratégias de batalha.
Outra inovação é a implementação de uma mecânica de "craft" ou produção de itens em qualquer ponto do mapa. Agora é possível fabricar itens essências para a aventura, como flechas e itens medicinais, sem a necessidade da ajuda de outros personagens.
Conclusão
Elden Ring é um game que acrescenta muito pouco no quesito inovação a todo o universo Souls. O jogo utiliza grande parte das animações, texturas e cenários presentes em Dark Souls 3, jogo de 2016. A maior diferença é o fato de o título ter se tornado menos linear, com mais liberdade para os jogadores decidirem onde e quando querem enfrentar os monstros no mundo aberto.
Para os jogadores mais experientes, talvez a grande motivação fique por conta da história, ainda mais com a participação de R.R.Martin. Por outro lado, para novatos da franquia, Elden Ring é um RPG de ação muito desafiador, com uma trilha sonora de qualidade e bons gráficos. Apesar do nome diferente, é possível dizer que é sim o quarto game da série. Segundo o site gamesradar, por exemplo, o título se trata de um "grande Dark Souls".
A montaria é uma das novidades em Elden Ring — Foto: Reprodução/Fernando Braga
O game com certeza não foi feito para jogadores casuais e, se você não quer passar muita raiva morrendo com apenas um golpe dos inimigos, é melhor testar jogos mais amigáveis (um God of War, por exemplo). Entretanto, Elden Ring trouxe mecânicas que o tornam menos assustador para novos jogadores. O título não deixa nada a desejar nos quesitos de gameplay e história, mas certamente irá desagradar os fãs mais críticos ao reaproveitar conteúdo visual de Dark Souls.
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