Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje
Apesar do último mês de fortes ganhos – os fundos imobiliários se valorizaram em média 8,7% em dezembro – a corretora Órama mantém posição neutra sobre os FIIs neste ano. O posicionamento faz parte do relatório Cenários & Investimentos para 2022, assinado por Sandra Blanco, Alexandre Espírito Santo e Lorena Laudares, estrategistas da casa.
Em um ano que deverá ser marcado pelas incertezas geradas pelo período eleitoral, o documento chama a atenção para outros pontos que devem influenciar os negócios em 2022. Entre eles, o relatório destaca o elevado nível de desemprego no País, que não deve cair de forma significativa no curto prazo, bem como a inflação, projeta Lorena.
Na avaliação de Sandra, os fundos imobiliários deverão enfrentar uma concorrência ainda maior das aplicações de renda fixa, beneficiadas com a elevação da taxa de juros da economia nacional, a Selic, atualmente em 9,25%.
“Com a Selic indo para dois dígitos, o retorno da renda fixa, tanto de fundos como de títulos, torna-se mais atraente do que os dividendos dos fundos imobiliários”, prevê a analista, que trabalha com uma Selic em 11,5% ao ano em 2022.
De acordo com Sandra, haverá oportunidades pontuais entre os fundos imobiliários, mas devem ser analisadas com cautela pelo investidor, sugere a estrategista da Órama.
Diante de um cenário que classifica como desafiador, Sandra afirma que será preciso ter horizonte de prazo mais longo para investir com maior segurança em FIIs.
Em 2021, o IFIX – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – registrou queda de 2,3%. No final de dezembro, 70% dos FIIs negociavam abaixo do valor patrimonial.
Na sessão desta terça-feira (4), o Ifix opera no campo positivo. Às 10h50, o indicador subia 0,43%, aos 2.801 pontos. Ontem, o índice fechou em queda de 0,56% e interrompeu uma sequência de 11 sessões de ganhos. Confira os destaques de hoje:
Maiores altas desta terça-feira (04):
Maiores baixas desta terça-feira (04):
Fonte: B3
Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (4) o fundo XP Malls comunicou ao mercado que assinou contrato para a compra de parte do Shopping da Bahia, localizado em Salvador (BA) e administrado pela Aliansce Sonae Shopping Centers.
O fundo não detalhou os valores da negociação, que prevê a aquisição de 9,05% do complexo comercial.
Inaugurado em 1975, o Shopping da Bahia foi o segundo shopping a ser construído no Brasil e o primeiro nas regiões Norte e Nordeste. O espaço, que abriga 500 lojas, recebe mensalmente 3,5 milhões de pessoas.
De acordo com cálculos do XP Malls, o negócio aumentará a receita do fundo nos próximos 12 meses em aproximadamente R$ 0,59 por cota.
A transação está sujeita à aprovação de todos os trâmites legais de operações como esta, inclusive a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Atualmente, a carteira do XP Malls é composta por 12 shopping centers, que somam uma área bruta locável (ABL) de 369 mil metros quadrados.
O primeiro Liga de FIIs de 2022 apresentará dicas preciosas para o investidor escolher os melhores fundos imobiliários – tanto FIIs de “papel”, que investem em títulos de renda fixa, como os fundos de “tijolo”, que obtêm renda com aluguéis ou a venda dos imóveis.
Maria Fernanda Violatti, analista da XP e apresentadora do Liga de FIIs, lembra que os dois tipos de fundos imobiliários se complementam e, bem selecionados, podem beneficiar bastante o desempenho da carteira do investidor.
Produzido pelo InfoMoney, o Liga de FIIs vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h. Além de Maria Fernanda, o programa tem apresentação de Tiago Otuki, economista do Clube FII, e de Wellington Carvalho, repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Você confere aqui a lista com todos os episódios do Liga de FIIs.
O Goldman Sachs, um dos mais ferozes de Wall Street quanto ao retorno de sua equipe aos escritórios, está pedindo aos funcionários dos Estados Unidos que trabalhem em casa, se puderem, até 18 de janeiro, enquanto a Covid-19 avança em todo o país.
A reversão do Goldman ocorre após a maioria de seus principais pares, incluindo JPMorgan Chase e Citigroup, adotarem uma postura mais cautelosa à medida que a variante ômicron se espalha rapidamente pelos EUA.
“À medida que continuamos monitorando a trajetória desse pico, agora incentivamos aqueles que podem trabalhar com eficiência em casa a fazê-lo”, disse o banco no domingo em um memorando aos funcionários.
Ainda na semana passada, o Goldman havia intensificado o seu plano de retorno ao escritório, tornando as vacinas de reforço obrigatórias. Qualquer pessoa que entrasse em seus escritórios deveria receber uma dose de reforço até 1º de fevereiro se fosse elegível até essa data, disse o banco à sua força de trabalho nos EUA em 27 de dezembro.
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