A Telefônica Brasil divulgou os resultados financeiros para o 1° trimestre de 2021: a dona da Vivo registrou teve faturamento estável, mas sofreu queda de 18% no lucro líquido. A companhia comemora a adição de clientes de telefonia móvel, fibra óptica e IPTV, enquanto enxuga a base de acessos via cobre. A empresa também anunciou o novo serviço Vida V, que terá consultas médicas por telemedicina e programas de bem-estar.
Confira os principais indicadores para o 1° trimestre de 2021 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:
A Vivo diz que a redução no lucro é um reflexo do aumento da depreciação e despesa financeira, que foram parcialmente compensadas por menores impostos.
O segmento móvel respondeu por R$ 7,14 bilhões de toda a receita operacional líquida, o que significa que o negócio de telefonia celular é o mais importante para as finanças da Vivo. A receita ficou estável no comparativo com o ano anterior, com alta somente no segmento pré-pago (+4%).
A Vivo terminou o trimestre com 79,6 milhões de linhas móveis, o que representa um crescimento anual de 6,6%. O pós-pago responde por 57,7% dos contratos de celular, e a empresa comemora que o plano digital Vivo Easy mais que dobrou na comparação com o mesmo período do ano anterior, embora não divulgue quantos clientes utilizam o serviço.
Ainda sobre o pós-pago, a Vivo continua liderando o segmento, mas perdeu 2% do mercado para outras operadoras. A Claro teve o melhor desempenho do período e cresceu 19,4% nos contratos com fatura, que possuem maior gasto mensal com serviços de celular no comparativo com o pré-pago.
A tele também diz que mais de 80% da base de clientes do pré-pago utilizam a oferta Vivo Turbo, que possui recorrência semanal ou quinzenal e garante maior quantidade de recargas e previsibilidade na receita.
A Vivo encerrou o mês de março com presença de serviços de celular em 4.470 municípios, sendo 3.839 cobertos com 4G, 4.637 com 3G e 3.892 com 2G.
A Vivo teve queda de 1,4% na receita líquida de serviços fixos, impulsionada pelas desconexões de tecnologias antigas do cobre (ADSL). A operadora reduziu seus acessos fixos em 12% e atingiu a marca de 16,1 milhões de contratos.
Nas tecnologias mais novas, a Vivo cresceu 6,1% em clientes, mas o salto foi positivo apenas nos acessos de TV por assinatura e fibra óptica. Ao longo do último ano, a operadora desconectou 901 mil acessos de internet FTTC, utilizada nas áreas da antiga GVT onde a fibra não chega até a casa do cliente.
Durante o trimestre, a internet Vivo Fibra chegou a 10 novas cidades e expandiu a capacidade para atender mais 387 mil casas (home passed). No total, a rede óptica da operadora atinge 276 municípios e 16,3 milhões de domicílios.
Vale lembrar que a Vivo fechou um acordo com um fundo canadense para criar o provedor neutro FiBrasil, que será responsável por uma rede de fibra óptica para 5,5 milhões de casas em quatro anos. A nova empresa terá foco em cidades médias fora do estado de São Paulo, e outros operadoras poderão alugar essa infraestrutura.
A Vivo também anunciou a criação do Vida V, que será um marketplace de saúde e bem-estar. A primeira empresa parceira é a Teladoc Health, que oferecerá consultas médicas por telemedicina.
O Vida V também deve oferecer programas de bem-estar e saúde, desconto em farmácias e outros benefícios. A plataforma poderá ser utilizada por clientes e não-clientes da Vivo, com previsão de lançamento para o mês de junho.
Em abril, a Vivo relançou sua carteira digital Vivo Pay com suporte a Pix, pagamento de boletos, cartão virtual pré-pago e bônus de internet no pré-pago. O serviço também pode ser utilizado por não-clientes da operadora e substitui o antigo Vivo Recarga.
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