O Edifier TWS1 Pro é uma evolução do Edifier TWS1. O novo modelo traz atualizações significativas para quem procura um fone Bluetooth com tecnologias avançadas a um preço menos agressivo. Olhando as especificações, o TWS1 Pro parece agradar: ele tem aptX, da Qualcomm, para reduzir a latência e entregar um áudio mais cristalino, Bluetooth 5.2, emparelhamento rápido, proteção IP65 e oferece até 42 horas de som com o case.
No mercado brasileiro, a Edifier pede R$ 399 por este modelo. Será que vale o investimento? Eu passei alguns dias com o Edifier TWS1 Pro e compartilho a minha experiência de uso neste review.
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O fone Bluetooth Edifier TWS1 Pro foi fornecido pela Edifier por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.
A Edifier foi mais conservadora e optou por não mexer muito no visual do TWS1 Pro. Ele continua parecido com o antecessor, mas senti falta das opções coloridas da geração passada, que poderiam atender aqueles consumidores que buscam fugir do tradicional. Para esta análise, o Tecnoblog recebeu a versão rosa que está mais para um bege. O modelo também é encontrado em cinza escuro.
Eu gosto desse formato in-ear sem a perninha porque os fones ficam bem encaixados no canal auditivo e, por consequência, ajudam a bloquear o ruído externo. É uma boa sacada, principalmente para modelos sem cancelamento ativo de ruído, como é o caso deste da Edifier. Três pares de ponteiras da cor do TWS acompanham os fones para diferentes ouvidos e a troca é relativamente fácil.
Para quem pratica esportes, durante uma caminhada pela manhã, eu não senti medo do TWS1 Pro cair no chão. Os vestíveis ficaram firmes e o melhor: sem gerar nenhuma pressão. Mesmo assim, se eles caírem numa poça d’água, a preocupação é reduzida graças à proteção contra poeira e jatos d’água (o IP65).
O estojo do TWS1 Pro é de plástico, mas tem um aspecto emborrachado e agradável ao toque. A marca abandonou o microUSB e adicionou o USB tipo C na traseira desta geração, enquanto na frente há um LED escondido para você acompanhar a autonomia. Eu achei esse case um pouco corpulento, mas considerando que ele garante mais 30 horas de som, dá para relevar.
O TWS1 Pro se posiciona como um produto de entrada, por isso ele não tem muitos recursos, tampouco cancelamento ativo de ruído. Ainda que seja simples nesse quesito, o gadget surpreende por tecnologias embarcas que aprimoram a qualidade sonora e a estabilidade. O Bluetooth 5.2, além de favorecer a eficiência enérgica, é muito mais estável e permite que os fones possam ser emparelhados rapidamente com o outro dispositivo.
O Qualcomm True Wireless Mirroring faz com que apenas um fone se comunique com o seu celular e o sinal é espelhado para o outro wearable. A Qualcomm diz que essa tecnologia garante uma comunicação mais rápida e se você guardar um fone no case, o outro assume a conexão sem interromper o som. O TWS1 Pro ainda tem redutor de ruído CVC8.0, também da Qualcomm, e é responsável por ligações telefônicas mais limpas — eu compartilho o resultado adiante.
E se o destaque são as tecnologias invisíveis, não dá para esperar que o TWS1 Pro desaponte na latência. Ele não desaponta. Praticamente o atraso não existe e você vai conseguir jogar e assistir a vídeos no YouTube sem nenhum delay.
Antes de partir para o som, vale dizer que todos os comandos são feitos por toques nos fones: é possível pausar, dar play, avançar e até controlar o volume com toques mais longos; este último é ótimo para quando você está correndo ou caminhando, porém eu achei que o fone demora um pouco para reconhecer o comando.
Na qualidade sonora, o Edifier TWS1 Pro vem como uma proposta para agradar a maioria das pessoas. Os graves estão presentes, mas não chegam a ser tão reforçados: em Lose Yourself, do Eminem, as batidas, na minha opinião, ficam definitivamente sem graça, enquanto no Realme Buds Q eu sinto esses graves mais ativos e agradáveis. No Edifier X3, a situação é ainda melhor, já que ele não tende a potencializar tanto essa frequência como o produto da Realme.
Os médios e os agudos do TWS1 Pro se mantêm balanceados, sem exagerar, o que reforça aquela estratégia de atender a massa. Os agudos da Alicia Keys, em Underdog, soam harmoniosos; não há sinais de estridência e, mesmo elevando o volume, a estabilidade permanece. Você ouve bem os instrumentos na faixa, em especial o violão e o bumbo da bateria, porém este último fica bem mais acanhado.
Em Cool Kids, do Echosmith, eu identifico o contrabaixo, o bumbo e os pratos proeminentes da bateria, mas existe uma embolação com instrumentos e vocal no refrão que só incomoda quando o volume está no máximo.
A qualidade do microfone está dentro do esperado para um fone básico. No metrô, no shopping ou em qualquer outro lugar mais movimentado, a pessoa do outro lado pode não te ouvir com total clareza. E eu não senti uma melhora significativa na comunicação com o redutor de ruído. Para conversas rápidas no telefone ou no WhatsApp, ele pode dar conta.
Na bateria, existem alguns destaques: a Edifier fala em até 42 horas de som com o estojo, sendo 12 horas com os fones e 30 horas com o case. Note que as 12 horas prometidas estão acima da média do mercado, superando até mesmo alguns modelos topo de linha. Para efeito de comparação, o Redmi AirDots 3 promete 7 horas e o JBL Tune 215TWS, 5 horas.
Nos meus testes, o fone direito reproduziu por 9h36min; depois de 19 minutos, o esquerdo desligou por falta de bateria. Não foi possível chegar e passar de 12 horas, mas considerando que, em alguns momentos, eu reproduzi algumas músicas no volume máximo, a autonomia é aceitável e ainda agrada.
Para ser sincero, o TWS1 Pro não é o meu perfil; o Edifier X3, sem dúvidas, combina mais comigo por ter um som encorpado. Ele também pode ser uma boa opção se você quer um Edifier mais em conta. Ainda assim, quem apostar no TWS1 Pro não deve se arrepender da escolha depois. Mesmo simples, o som é bom, afinal estamos falando de um Edifier. A empresa investiu em boas tecnologias para favorecer a qualidade sonora, cortar a latência e entregar uma conexão decente e instantânea.
A bateria de 12 horas é outro destaque e é a grande responsável por fazer ele se sobressair em relação aos principais concorrentes. E se você analisa este TWS para atividade físicas, o modelo pode atender às suas necessidades: além do IP65, que passa aquela sensação de segurança por reforçar a durabilidade, eu não senti pressões durante os exercícios e eles ficaram bem presos.
No entanto, se você busca por um fone de ouvido mais completo, o Galaxy Buds+, que já custou R$ 999, hoje é encontrado por menos de R$ 430 e é uma opção a se avaliar. E se você estiver disposto a pagar um pouco mais, vale analisar o JBL Live Pro+ TWS que tem aplicativo dedicado e cancelamento de ruído adaptativo.
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