Os pagamentos por aproximação, utilizando NFC, vêm ganhando popularidade nos últimos meses, o que se deve, em parte, às medidas de distanciamento social decorrentes da pandemia de COVID-19. Somente no primeiro trimestre de 2021, foi registrado um aumento de 372% no uso desse método em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento.
Vale lembrar que no primeiro semestre de 2020, o uso de pagamento por aproximação (NFC) já havia aumentado 330% no Brasil em relação ao mesmo período de 2019. Segundo a entidade, de janeiro a março de 2021, um total de R$ 18,6 bilhões foi transacionado de forma contactless (sem contato), contra R$ 3,9 bilhões nos três primeiros meses de 2020.
O relatório informa ainda que o cartão de crédito foi a modalidade mais usada com a tecnologia NFC – R$ 11 bilhões foram movimentados desta forma. Em seguida, o débito (R$ 5,1 bilhões) e o pré-pago (R$ 2,3 bilhões). Durante todo o ano passado, os pagamentos com NFC corresponderam a um total de R$ 41 bilhões.
A pandemia também teve impacto sobre as compras online. O uso de cartões na internet, em apps ou outros tipos de compras não presenciais, movimentou R$ 120 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 35%.
Os números foram impulsionados pelo resultado de março (alta de 54%), quando medidas mais rígidas de isolamento social entraram em vigor em virtude do aumento de casos e óbitos por COVID-19. Segundo a Abecs, 4 em cada 10 compras realizadas em cartões de crédito no mês de março foram feitas de forma remota.
Ao todo, foram realizados 6,5 bilhões de pagamentos com cartões no primeiro trimestre de 2021, número que corresponde a 50 mil transações por minuto – 11,8% a mais no ano contra ano. Obviamente, há uma grande redução nos gastos de brasileiros no exterior: 62,8%, e as compras de estrangeiros no Brasil apresentaram queda de 42% em relação ao ano passado.
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