Os Correios divulgaram o balanço financeiro referente ao ano de 2020 nesta quinta-feira (27), reportando lucro líquido de R$ 1,53 bilhão – o que representa um crescimento de 1.400% em relação ao ano anterior. Apesar da disparada, a empresa obteve apenas 1% de aumento na receita operacional, passando de R$ 19,8 bilhões para R$ 20 bilhões.
Segundo a estatal, o aumento do lucro está ligado à racionalização de custos e à aplicação de políticas de benefícios para empregados, como, por exemplo, a adequação de benefícios relativos ao plano de saúde. O Plano de Demissão Voluntária (PDV), aplicado em 2019, também teria contribuído para o resultado.
Com o lucro registrado em 2020, os Correios reduziram o prejuízo acumulado para R$ 859,1 milhões. Esse é o 4º ano consecutivo em que a estatal fecha no azul, após quatro anos de prejuízos.
A expansão do e-commerce no primeiro ano da pandemia de COVID-19 contribuiu para a alta de 9% na receita de encomendas. De acordo com a companhia, “as receitas internacionais, obtidas por meio de serviços prestados a outros Correios mundiais, ultrapassaram o marco de R$ 1,2 bilhão, nunca antes registrado no cenário de resultados da empresa”.
O EBITDA, isto é, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, registrado em 2020 foi de R$ 1,455 bilhão – aumento de 115% em relação a 2019. Os Correios também reportaram investimento de cerca de R$ 1,1 bilhão em projetos de modernização e otimização de produção/infraestrutura.
Em abril, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que inclui os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). O projeto ainda depende de aprovação na Câmara e no Senado do marco legal dos serviços postais, mas ganhou caráter de urgência.
O processo, que pode envolver venda direta, venda do controle majoritário ou abertura na bolsa de valores, ainda não teve seu modelo de desestatização detalhado – uma definição deve vir até agosto de 2021.
Com informações: Telesíntese e DOU
E isso não quer dizer que ela deva ser vendida, já que é de todos nós… A ECT precisa de boa gestão, e não de privatização.
o estado sempre foi dono e a gestão sempre foi ruim e por incrível que pareça empresas privadas, coincidentemente, tem gestão MUITO melhor. Se não for privatizar vai fazer o que? dar mais isenção? O que o mercado livre investiu esse ano em infra e novos empregos, o correios não investiu na década. Complicado.
Eu não quero ser sócio do governo em nada, só dividimos os prejuízos pagando mais impostos.
O lucro (quando existe) provavelmente é desviado rsrsrs
Correios já foi modelo de empresa no passado. Tinha plano de cargos, carreiras e salários sólido, uma excelente previdência própria e uma gestão melhor que de muitas empresas privadas. Só que começaram a ver nos Correios (mais) um lugar pra enfiar apadrinhados. Começaram a destruir a empresa por aí quando acabaram com a exigência de funcionários de alto escalão ser de carreira da empresa (o plano de cargos), fora que começaram a criar cargos a esmo. E, de quebra, começaram a saquear a previdência da empresa.
A única forma dos Correios se tornarem sadios de novo (nem digo modelo de empresa) seria começando a extinguir todas as Leis, Decretos e afins que criaram cargos na empresa. Só que pra isso precisa existir vontade política já que se trata de uma empresa pública. Daí disso poderia se partir pro resgate do funcionalismo de carreira de fato e investimento maciço em modernização.
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