A Blizzard começou a exigir que diversos mods de Diablo II: Resurrected fossem desativados. As modificações funcionavam na versão de testes alfa do game e permitiam desbloquear classes que ainda não estavam jogáveis, jogar offline sem um convite, acessar o título depois do fim do período de testes e até entrar no modo multiplayer por servidores não oficiais.
O “Alfa Técnico” de Diablo II: Resurrected é uma versão bastante limitada do game na qual apenas jogadores convidados podem testar o modo single player da campanha durante alguns dias. Por isso, os modders logo criaram recursos para prolongar a diversão enquanto a Blizzard não lança o título oficialmente.
Para criar os mods, no entanto, é preciso vasculhar os códigos do jogo, modificar a programação original e até mesmo desviar de programas anti-cheat. Para a Blizzard, essa prática pode expor os dados de Diablo II: Resurrected a desenvolvedores de hacks ou outros softwares maliciosos.
O mod “D2ROffline”, por exemplo, permitia abrir o jogo sem precisar de conexão com a internet. O criador Ferib Hellscream explicou ao Kotaku que a ferramenta foi projetada para driblar as verificações de integridade do anti-cheat e impedir que o jogo fosse atualizado.
Por apresentarem riscos para o jogo, a Blizzard começou a enviar cartas para os criadores de mods exigindo que desativassem os programas e desistissem dos projetos. Um dos desenvolvedores, conhecido como Shalzuth, contou ao [Kotaku] que chegou a ser abordado por um investigador particular.
Eu entendo que qualquer empresa grande faria isso, para ajudar a mantê-los protegidos. Eu tinha convidado alguns amigos para um almoço, e eles se divertiram quando um investigador particular bateu na minha porta. Ele disse que era contratado para encontrar pessoas e entregar documentos legais, então pediu uma foto minha segurando o documento e saiu. No geral foi rápido e cordial. Isso não me preocupa, contanto que eu obedeça e continue cumprindo o que a Blizzard deseja.
Shalzuth, ao Kotaku.
Em resposta, a Blizzard enviou um comunicado ao Kotaku reconhecendo que “boa parte da longevidade de Diablo II foi graças à comunidade de modders”. Porém, a empresa explicou que não pode dar suporte a modificações que ameaçam a segurança dos jogos.
O Diablo II clássico e seus mods continuarão a existir e faremos o nosso melhor para continuar oferecendo suporte aos mods de Diablo II: Resurrected também. Dito isso, alguns mods são atípicos e representam ameaças à segurança dos nossos jogos. A segurança sempre foi uma prioridade para nós, e os programas que podem gerar problemas de segurança não serão tolerados.
Blizzard, em e-mail enviado ao Kotaku.
Com informações: Kotaku.
Nenhum comentário:
Postar um comentário