Por Isabele Scavassa, para o TechTudo
Os celulares no planeta podem ficar ainda mais caros: o aumento deve beirar os 20%. Este é o percentual que a Samsung vem negociando para fornecer os semicondutores, que são as peças essenciais para os chips de smartphones e de outros dispositivos eletrônicos. A escassez dos chips pode durar até 2023, quando a produção finalmente deve retomar o volume regular.
Outras fabricantes de chips como TSMC e United Microelectronics também anunciaram elevações de 5% a 8% nos preços dos componentes. Além dos celulares, grande parte dos eletrônicos e até mesmo carros devem ser impactados pelo ajuste previsto pela Samsung e demais players do setor.
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Crise dos chips semicondutores pode deixar celulares mais caros — Foto: Diculgação/Samsung
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A crise no ramo tecnológico começou em 2020, quando medidas sanitárias restritivas impediram o fluxo normal de produção de microchips. Dessa forma, setores variados como o automotivo, o de consoles e até mesmo o de eletrodomésticos sofreram com a falta de uma pequena peça considerada imprescindível.
Além de mudar o ritmo de fabricação, as empresas tiveram que redirecionar o foco dos semicondutores. Antes a corrida ambicionava preparar o mercado para receber o 5G, porém, com a pandemia, a demanda por componentes mais simples para tarefas mais básicas aumentou significativamente.
Reajuste nos preços dos chips pode impactar no valor dos celulares — Foto: Rodrigo Bastos/TechTudo
Hoje, fatores como o conflito na Ucrânia, o cenário restritivo chinês e a crescente inflação ao redor do globo também interferem no preço dos chips. Mesmo assim, as fabricantes continuam com contratos e perspectiva de aumento nos pedidos pelos chips. A projeção ainda prevê uma demanda maior do que a oferta pelos próximos cinco anos.
A Samsung se consolidou no mercado de chips, com um ritmo de crescimento que chegou a ultrapassar a Intel em termos de receita. Agora, a empresa caminha para destronar a TSMC.
Com informações da Bloomberg
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